Prefeito participa de palestra proferida por Paulo Souto

Agência Aracaju de Notícias
14/05/2013 19h18

Paulo Souto, ex-governador da Bahia por duas vezes, falou para a comitiva do prefeito sobre a implantação do sistema de contratação de Organização Social (OS) no serviço público de saúde.  A alternativa  foi uma inovação implantada por ele no primeiro governo. "À época nós fizemos a primeira lei de Organizações Sociais do Brasil, em 2003, antes mesmo de São Paulo, só que não conseguimos colocar nenhuma para operar. Na segunda vez tomamos posse todos os hospitais novos do segundo governo foram geridos por Organizações Sociais. A Bahia foi um dos primeiros Estados a elaborar uma lei, mas as dificuldades de implantação foram muitas, e somente no meu segundo mandato pudemos contratar esse tipo de serviço para auxiliar a gerir a saúde", ressaltou.

De acordo com o ex-governador, a preocupação do prefeito João Alves Filho está refletida no noticiário de todos os dias na mídia, que é o funcionamento precário das unidades de saúde do Brasil todo. "É quase impossível você não ver no noticiário um problema de atendimento em uma unidade de saúde. A preocupação de João é tentar dar um suporte maior na saúde de Aracaju e essa troca de experiência é fundamental, saber como funciona de fato é extremamente importante", afirmou Paulo Souto.

Para o palestrante, deve-se ter o cuidado ao contratar uma OS, pois esse tipo serviço não pode estar carregada de ideologia. Outro alerta dado por Paulo Souto foi o cuidado também com o excesso de crítica de quem não conhece o sistema, "para não afirmarem, como afirmaram há um tempo que o interesse era privatizar a saúde, não é nada disso. Tanto não é que hoje em Salvador a cobertura de instituições públicas na saúde administradas por OS aumentou", informou o ex-governador.

Maternidade gerida por OS

 A maternidade José Maria Magalhães foi aberta ao público em 2006, mas a estrutura física parece que foi inaugurada este ano. Para os especialistas isso se dá ao fato de que a administração é feita por uma Organização Social denominada Santa Casa de Misericórdia.  O local conta com 246 leitos, destes 114 são para recém nascidos, 56 são unidades fechadas, ou seja, 36 consideradas semi-intensiva e 20 para Unidade Intensiva de Tratamento (UTI). A maternidade é considerada a segunda maior do Nordeste e é referência em gestação de alto risco.

Para atender a população são mais de 1.240 profissionais, destes 200 são médicos e 1.040 são compostos por profissionais de outras áreas. O atendimento nessa maternidade chega a 2.400 por mês, ou seja, uma média de 80 por dia. O custo anual da maternidade é de R$ 65 milhões, que são condicionados a metas qualitativas e quantitativas, estabelecidas no contrato com o município e são auditadas. A instituição Santa Casa de Misericórdia passa por auditoria de diversos órgãos do Estado.