A Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp) recebeu um chamado importante para o avanço na inclusão através do esporte. O Ministério Público Estadual convidou a secretaria para planejar uma maior inserção de pessoas com deficiência em práticas esportivas realizadas nas praias da capital. E uma dessas inserções já acontece através do projeto Estrelas do Mar, que leva a prática de bodyboarding a pessoas com deficiência.
O fundador do projeto, Byron Silva, se reuniu com a coordenadora de Esportes de Alto Rendimento da Sejesp, Mariana Dantas, para debater o assunto e discutir estratégias de apoio ao projeto. O programa, que visa integrar jovens com deficiência física a atividades desportivas, é uma iniciativa filantrópica de inclusão social que acontece há dois anos na praia da Aruanda.
O encontro visou definir ações que proporcionem melhoria e crescimento às atividades oferecidas pelo projeto, como a criação de novos pontos de acesso, com inserção de rampas para deficientes físicos e outros recursos que facilitem a chegada de novos alunos. A Sejesp, que também visa desenvolver a inserção de lazer através do esporte, se comprometeu a encontrar soluções viáveis para as necessidades apontadas.
"No início do mês fomos convidados a participar de uma audiência pública com a promotora Cecília Nogueira e o Conselho Municipal dos Direitos de pessoas com deficiência, onde nos foi solicitado alavancarmos um projeto de acessibilidade ao banho de mar para pessoas com deficiências. Sabendo da existência do Projeto Estrelas do Mar, desenvolvido por Byron, estamos estudando a possibilidade de inserir os cadeirantes no programa. Em contrapartida, estaremos dando todo auxílio possível para viabilizar", disse Mariana.
Para Byron esse tipo de apoio é fundamental. "Agora que existe mais gente envolvida com o trato das pessoas com deficiência, fica mais fácil solucionar os problemas existentes. Somando nossas forças com a Sejesp e o MPE conseguiremos viabilizar melhorias, como o acesso às praias", diz.
Projeto Estrelas do Mar
Com cerca de 60 pessoas assistidas, o Estrelas do Mar conta com 100 integrantes, entre membros do programa e pais de alunos, e tem a diversidade como marca registrada de sua atuação. Durante suas aulas é possível encontrar crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral, Síndrome de Down, autismo e outras múltiplas deficiências e limitações motoras.
O projeto é executado através da Waves, escola de bodyboarding responsável por coordenar as atividades. Além do bodyboarding, prática que consiste em descer as ondas de joelho numa pequena prancha, outras ações são oferecidas. "Disponibilizamos transporte, protetor solar e lanches. Tentamos dar todas as condições para que as pessoas não tenham custo nenhum ao participarem do projeto", finaliza Byron.
