Um detalhe pode fazer muita diferença, seja numa roupa, numa bolsa ou mesmo na arrumação da casa. Um grupo do Jardim Centenário, localizado na zona norte de Aracaju, começou a aprender nesta semana uma técnica de pintura em tecido que pode ajudar na produção desses detalhes. A oficina é oferecida pela Fundat (Fundação Municipal de Formação para o Trabalho), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e Assistência Social (Semfas) e tem a função de estimular o empreendedorismo e a geração de renda.
De acordo com a artesã e instrutora da oficina, Maria Floreniza, a simplicidade da técnica, que utiliza moldes, faz com ela seja acessível até para pessoas que não têm experiência com desenhos. Outra vantagem desse tipo de artesanato, também apontada por Floreniza, é a grande procura dos consumidores. "É muito satisfatório, pois a pintura gera renda não só para mim, mas também para as pessoas a quem ensino. Já encontrei ex-alunas vendendo peças próprias em feiras de artesanato, o que me deixou muito feliz", diz a artesã.
A grande procura pelo curso, segundo a coordenadora da Unidade de Qualificação Profissional Jailda Prado, está relacionada não só ao fato de as peças pintadas venderem muito bem, mas também a comodidade permitida pela prática. "Muitas das alunas que procuram esse curso são senhoras e donas de casa que teriam muita dificuldade para trabalhar oito horas por dia em uma empresa e com esses conhecimentos elas podem produzir e melhorar a renda sem sair de casa", explica.
Para a dona de casa e aluna do curso Maria de Fátima, a pintura e as aulas são como terapias, além de possibilitarem uma diversificação dos produtos que ela confecciona. "Como faço crochê, agora posso utilizar as duas técnicas para fazer panos de prato, toalhas, roupas de cama e muitos outros produtos. E a pintura é bem mais fácil do que eu acreditava, qualquer um pode fazer", afirma.
Em uma turma cheia de mulheres, o único aluno, Marcos Aurélio, chama a atenção. Ele conta que quase desistiu achando que era um curso só para mulheres, mas acabou continuando. "Já aprendi muita coisa interessante e por mais que eu não utilize esses conhecimentos na minha vida profissional, conhecimento nunca é demais", finaliza Marcos Aurélio.
