Na manhã desta quinta-feira, 13, moradores do bairro 17 de Março (Zona de Expansão) ficaram surpresos em receber a visita dos agentes de endemias Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Aracaju. De 10 à 14 de junho, as equipes do CCZ atuam no bairro para realizar mapeamento sobre a situação de ambientes propícios às doenças que atingem homens e animais, como a Leishmaniose e a Leptospirose, além de observar existência de locais favoráveis a reprodução do mosquito transmissor da dengue e reprodução de escorpiões e ratos.
Da ação, o supervisor Programa de Controle da Leishmaniose, Wilson Oliveira, afirma que com resultado do levantamento que será concluído após visita a duas mil residências, o CCZ vai poder planejar ações de combate, controle e prevenção aos fatores de risco diagnosticados no bairro 17 de Março.
Hoje, a cabeleira Fabiana Silva Farias, 26, colaborou com as equipes do CCZ abrindo a própria casa e repassando informações. Fabiana conta que ficou feliz com atenção dos agentes do CCZ. “A atividade é muito importante para comunidade. O bairro ainda possui ruas de terra, áreas vizinhas com mato alto e quando chove a presença de ratos, cobras e bichos peçonhentos nos preocupa. Além disso, todos temos cachorros que também podem vir a ficar doentes com calazar”, afirma.
A dona de casa Adriana da Cruz, 22 anos, também recebeu visita das equipes do CCZ. Para Adriana, “a presença do CCZ é um benefício, pois no bairro insetos e bichos peçonhentos são coisas que preocupam todas as mães por causa dos meninos pequenos que podem vir a ser picados”, disse.
Aplicação de Inseticida
O supervisor programa, Wilson Oliveira, explicou que paralelamente às ações de mapeamento, em junho o CCZ também está promovendo aplicação de inseticida repelente ao mosquito da palha, o transmissor do calazar em áreas estratégicas do 17 de Março.
Wilson Oliveira explica que a aplicação do inseticida acontece nos ambientes propícios a presença do mosquito da palha, como por exemplo locais com acúmulo de entulho, folhas e materiais em decomposição ou casas próximas algum local onde já houve recentemente o registro de casos humanos da doença. “O inseticida é uma estratégia de combate e controle importante, pois evita que mais pessoas ou bichos venham a ficar doentes”, diz.
Mapeamento
O supervisor acrescenta que durante o mapeamento para diagnostico do bairro, as equipes seguem entrevistando os moradores sobre o número de animais domésticos como cães e gatos que possuem, além das condições de manejo nas criações de galinhas e cavalos.
“Em cada visita, os agentes ainda observam a situação de quintais, recintos dos bichos e áreas anexas às casas que não devem acumular lixo, pneus ou entulho, pois são materiais que podem atrair e servir de criadouro para insetos, ratos, animais peçonhentos ou mesmo mosquito da dengue, nesse último caso quando há o acumulo de água limpa e parada”, conclui Wilson.
