Durante três dias Aracaju foi o palco principal de uma das artes marciais mais antigas do mundo. É que foi realizado na capital o XX Campeonato Nacional de Karatê Interestilos, evento promovido pela Confederação Brasileira de Karatê Interestilos (CBKI) e pela Federação Sergipana de Karatê Interestilos (FSKI), com apoio da Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp).
O campeonato, que foi realizado de 4 a 7 de julho no Ginásio Constâncio Vieira, atraiu cerca de 600 atletas de 17 estados do país. Desses esportistas, 111 representaram Sergipe, que segue como líder no ranking nacional. O evento foi extensivo e consagrou uma larga quantidade de karatecas: mais de 134 categorias elegeram seus campeões.
Para Fernando Rocha, presidente da Federação Sergipana de Karatê Interestilos, sediar uma competição desse nível é uma grande oportunidade. "É o tipo de evento que traz toda uma estrutura especial, promovendo o esporte e o estado em diferentes áreas. Por isso é importante contar com apoio. Entidades novas, como a Sejesp, são essenciais para o engrandecimento do esporte em geral", afirma.
Felipe Cabral, Coordenador de Planejamento da Sejesp, também comentou sobre a parceria realizada com o evento. "A Secretaria de Juventude e Esporte tem sempre esse intuito de apoiar torneios, tanto pequenos como esses, de grande porte. É uma chance de motivação e estímulo. Temos, inclusive, esportistas de nosso programa de incentivo, o Bolsa Aleta, competindo. Nossa presença aqui é fundamental", conta.
E por falar em esportistas, vê-los em ação durante os três dias de campeonato não era tarefa difícil. Entre os destaques estava Johnnatha Ramos, carateca do Bolsa Atleta que recentemente conquistou o segundo lugar no Campeonato Mundial na Alemanha. "Este é um evento bastante disputado, não parei de treinar de segunda a sexta. Mas estou confiante e espero ganhar", fala.
Tão animado quanto o rival, o pernambucano Paulo Franco, também demonstrou otimismo. Ele faz parte da Federação de Karatê de Pernambuco, a FKPE, a maior adversária de Sergipe no evento. "A preparação física e psicológica foi grande. Somos uma das esquipes mais completas e viemos para levar o título para casa", diz.
E mesmo para quem foi apenas observar, o campeonato também é emocionante. Ivete Macedo, por exemplo, descobriu no mesmo dia o esporte e a cidade. "Eu não conhecia Aracaju e nem o karatê. Vim como guia de uma das equipes e estou adorando!", conta. Já Maria Leda, aos 75 anos, era uma das mais atentas às lutas. "Eu adoro karatê, é ótimo! E com essa juventude do jeito que anda, é incrível ver meninos e meninas assim", conclui sorrindo, apontando para os netos atletas.