A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), colocará, de hoje, 16, até sexta-feira, 19, oito armadilhas no bairro Farolândia para constatar a presença de flebótomo, inseto transmissor da leishamaniose, já que foi notificado um caso humano no local. Cinco agentes de endemias do CCZ estarão atuando na localidade.
De acordo com o coordenador do Programa de Combate a leishimaniose, Wilson de Oliveira Santos, os mosquitos capturados serão levados para o Laboratório Central do Estado (Lacen) e analisados no Laboratório de Entomologia, para identificação da espécie. Paralelamente, os agentes farão a borrifação da área com inseticida.
Os agentes de endemias do CCZ vão visitar, até sexta-feira, cerca de 900 residências na região do Mosqueiro, Zona de Expansão de Aracaju. Segundo Wilson, as famílias serão orientadas sobre a higiene das casas, pois essa é uma das principais formas de combater o mosquito transmissor.
A leishmaniose não é uma doença contagiosa e é causada por parasitas (protozoário leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico (macrófagos) da pessoa infectada. Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
Sua transmissão se dá através de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue e, que, dependendo da localidade, recebem nomes diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas.
Além do cuidado com o mosquito, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a mata, dentro da mata é importante também saber que este parasita pode estar presente também em alguns animais silvestres e, inclusive, em cachorros de estimação.