Agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estão fazendo, durante esta semana, um levantamento diagnóstico do bairro Pereira Lobo, num trabalho de controle a leishmaniose. A coordenadora do CCZ, Roseane Nunes disse que a tarefa, que começou na segunda-feira, prossegue até sexta-feira. A meta é visitar todas as casas do bairro, verificando as condições de cada um e se há ambiente propício para proliferação da lavra que transmite a doença.
Além desse trabalho no Pereira Lobo, outra equipe, desta vez do Programa de Controle da Esquistossomose, continua no Conjunto Bugio distribuindo coletores para exames de fezes dos moradores. "Vamos continuar trabalho no Bugio até o final do ano", garantiu Roseane.
O Ministério da Saúde preconiza que os Centros de Controle de Zoonoses cuidem da saúde do homem, combatendo as doenças transmitidas aos seres humanos pelos animais. "Nossa meta é proteger, cuidar da saúde das pessoas, por isso essas ações nos bairros Pereira Lobo e Bugio" , ressaltou a coordenadora do CCZ.
Doenças
A leishimaniose, que está sendo combatida no Pereira Lobo, é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. O calazar (leishmaniose visceral) e a úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são formas da doença.
Já a esquistossomose é uma doença causada por vermes parasitas. Infecção por Schistosoma mansoni, S. haematobium, e S. japonicum causam a esquistossomose em humanos. Em todo o mundo, em torno de 200 milhões de pessoas são infectadas pela esquistossomose.
A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água contaminada na qual vivem certos tipos de caracóis que carregam a esquistossomose. A água fica contaminada pelos ovos da Schistosoma quando pessoas infectadas urinam ou defecam nela. Os ovos eclodem e, se certos tipos de caracóis estiverem presentes na água, o parasita cresce e se desenvolve dentro deles.