Especialistas e estudiosos já confirmam a máxima defendida e preconizada pela Fundat: a formação profissional garante nova perspectiva salarial no mercado de trabalho. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), publicada no mês de julho, os salários médios para trabalhadores com certificação profissional cresceram acima de 10% do valor da inflação, considerando o último índice registrado em dezembro de 2012. Essa constatação só reforça o compromisso da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), órgão vinculado à Secretaria da Família e Assistência Social, em estabelecer parcerias de sucesso que impulsionem a oferta de qualificação profissional aos cidadãos aracajuanos.
Uma das mais promissoras e importantes parcerias realizadas foi com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), uma das instituições de ensino integrante do Sistema "S". Por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a Fundat e Senai atuam conjuntamente na oferta de cursos profissionalizantes direcionados ao setores de serviço e indústria.
Em uma ampla estrutura de ensino, pertencente à rede Senai, as turmas de capacitação aprendem os conceitos teóricos e práticos de cada formação, com um permanente acompanhamento pedagógico de profissionais experientes na área. Durante as aulas, os estudantes ainda recebem todo material didático, fardamento e equipamentos de segurança necessários para as funções que exigem mais precauções.
Para o curso de eletricista industrial, demandado pela Fundat via Pronatec, o conteúdo programático se aplica ao trabalho de reparação elétrica em instalações fabris, em que os alunos são instruídos no ofício de ajudante eletricista. Segundo um dos professores do curso, Marco Antônio Andrade, a divisão do curso é feita com aulas teóricas na parte inicial e aulas práticas no período de finalização, contribuindo para que o aluno compreenda como se operacionaliza a função de uma forma geral.
"Logo no início, a parte teórica traz conhecimentos fundamentais que servem como subsídios elementares para suas práticas. O aluno será apresentado a muitos cálculos e terá de se familiarizar com expressões matemáticas ao longo do curso. Ainda são inseridas noções de segurança e primeiros socorros no ambiente de trabalho. Depois eles são apresentados aos conhecimentos da área de eletrotécnica e acabam experimentando essas explicações diretamente nos exercícios práticos", afirma o professor, acrescentando que o curso acontece com uma carga horária total de 300 horas.
Na avaliação dos alunos Miqueias Cruz e Rafael de Sousa, o curso serviu como uma ótima oportunidade de conquistar uma vaga no mercado de trabalho. "Ainda não temos a maioridade e, por isso, fica difícil procurar empregos formais no mercado. Daí, com o curso, será mais fácil achar alguma coisa, já que as empresas vão nos contratar pela nossa qualificação para um cargo específico. Realmente, o curso está aprovado, os professores são muito bons e a estrutura é ótima. Com certeza, recomendo para quem deseja se profissionalizar", explicam os rapazes.
Curso de operador de máquina de corte
Outro curso viabilizado pela Fundat, através do Pronatec, foi a função de operador de máquina de corte de roupas que conta com a execução pedagógica do Senai. Iniciado há dois meses, o curso é voltado para o setor de confecção industrial, em que os alunos aprendem a cortar, montar e preparar o material, tendo como instrumento de corte o uso de máquinas de categoria industrial.
A professora do curso, Sandra Menezes, ressalta que apesar da intensa procura por mão-de-obra especializada na área de costura, ainda há o diferencial do curso em proporcionar oportunidades de trabalho de forma independente. "Caso a pessoa não consiga ser contratada em empresas, ela ainda pode tentar montar uma pequena confecção em casa ou ainda juntar com outra colega e formar uma cooperativa para venda de roupas. Nessa área, há uma flexibilidade muito boa de negócios", diz.
Empolgada com a possibilidade de garantir um emprego, a aluna Ane Conceição Santos já vislumbra a oportunidade de finalmente conseguir arranjar um emprego. "Estou apostando muito no fato do curso proporcionar muitas chances de trabalho. Eu nunca tinha antes pego em uma máquina de costura e aprendi rapidinho toda a parte prática durante o curso. Gostei muito e acho que vale a pena investir na qualificação para quem deseja alguma vaga no mercado", avalia a aluna.