Gerar uma situação de identificação e provocar discussões sobre a temática. Foi com este objetivo que a Central Permanente de Acolhimento (Acolher), unidade da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), reuniu na tarde da última sexta-feira, 16, os usuários da casa para assistir o documentário sobre moradores de rua, exibido no início deste ano pelo Globo Repórter, da Rede Globo.
Ao fim da exibição do documentário, usuários e equipe de referência da casa participaram do Círculo de Cultura Paulo Freire (encontro entre pessoas ou grupos de pessoas para se dedicam ao trabalho didático-pedagógico ou a outras vivências culturais e educacionais, visando a um processo de ensino e de aprendizagem, qualquer que seja o espaço onde isso aconteça) sobre o tema exposto na tela.
"Entramos no tema morador de rua e abrimos a palavra para que cada um dos nossos usuários pudesse manifestar-se em relação à sua experiência na rua e perspectivas futuras, bem como sobre a Central de Acolhimento", explicou o psicólogo da unidade, César Gomes Gama Júnior. Segundo ele, atualmente a casa de passagem conta com 14 usuários, estando entre eles uma família de quatro membros e três pessoas com deficiência.
"Achei importante esse debate porque fez com que a gente conhecesse o que acontece com outros moradores de rua do país. A gente vê muita coisa igual, os problemas, as dificuldades e a rotina diária em busca da sobrevivência", opinou o usuário da Central de Acolhimento, Antônio Carlos dos Santos, 41 anos, na casa há quase três meses e em via de conseguir um emprego, segundo afirmou.
"Achamos o debate bastante positivo, porque este tipo de ação vem reforçar a missão da Central de Acolhimento que é a de trabalhar com os usuários a sua autonomia", informou o psicólogo.
