Aracaju promove Semana de prevenção contra o Câncer de Boca

Saúde
16/10/2013 15h09
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A Saúde de Aracaju, através do Programa de Saúde Bucal, está realizando até sexta-feira, a IV Semana de Prevenção contra o Câncer de Boca, em todas as unidades básicas de saúde. A meta desse ano é atender, em média, cerca de 2 mil pessoas, ampliando o número de pacientes do ano passado, que foi de 1.750.  Todos estão recebendo folders ensinando às pessoas como prevenirem e fazerem o auto-exame.  Essa atividade é feita em parceria com o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO/SE).

O coordenador do programa, José Guimarães Lima Neto, disse que 67 cirurgiões-dentistas do Programa Saúde da Família (PSF) e outros 39 de apoio estão tendo atenção com pacientes susceptíveis à patologia que ainda acomete os brasileiros e, de modo particular, aracajuanos.  No ano passado, por exemplo, das 1.750 pacientes examinados, 85 foram encaminhados ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), no Cemar do Augusto Franco, com suspeita de lesão cancerígena. Destes 85, foram 60 mulheres e 25 homens. E 24 morreram.

“No nosso município, o problema ainda aumenta, principalmente em indivíduos do sexo masculino, mesmo com todas as informações sobre prevenção passadas através da mídia e de campanhas realizadas ao longo do ano, para alertar nossos usuários sobre o problema”, lamentou Neto.

Ele lembra que anterior a Semana de Prevenção, que atende a lei municipal 3.764, de 8 de fevereiro de 2010, agentes comunitários de saúde fizeram uma busca ativa na comunidade, sensibilizando indivíduos mais susceptíveis à patologia a procurarem o dentista para avaliação na unidade básica. “Os susceptíveis são aqueles indivíduos fumantes, os que fazem uso excessivo de álcool, pacientes com higiene oral precária,  aqueles que  se expõem ao sol sem a devida proteção e portadores de próteses dentárias mal adaptadas”, explicou.

O câncer de boca são tumores malignos que aparecem na língua, nos lábios, nas amígdalas, no céu da boca e parte interna das bochechas. Segundo Neto, se descoberta inicialmente a doença tem cura. “Mas em nosso município, a maioria é diagnosticada tardiamente, pois os usuários só procuram as unidades de saúde quando se sentem incomodados”, observou.

A doença se manifesta a partir do aparecimento de manchas brancas, pretas ou vermelhas na boca, caroços, inchaços, sangramentos sem causa aparente, dor e dificuldade em falar, e feridas que não doem e não cicatrizam em 15 dias.