Nesta terça-feira, 22, é comemorado o Dia Internacional de Atenção e Cuidado à Gagueira. Para marcar a data, a Saúde de Aracaju realizou um encontro sobre as causas e tratamentos contra esse tipo de distúrbio na fala.
A ação foi organizada pelo do Grupo de Apoio a Gagueira do Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente (Cemca) e aconteceu no auditório do Cemar do Bairro Siqueira Campos. Na ocasião, pais, mães e crianças em tratamento na unidade assistiram à palestra com o fonoaudiólogo Arthur Marcelino e a pedagoga Maria Aparecida Carvalho que foi seguida de brincadeiras de pintura e exibição de vídeo educativo sobre o bullying que crianças com gagueira podem vir a sofrer no ambiente das escolas.
O fonoaudiólogo, Arthur Marcelino, esclareceu que a gagueira não deve ser motivo de piadas nem discriminação social. “É um distúrbio na fala que tem etiologia multifatorial, isto é, a gagueira esta ligada a diversos fatores como questões genéticas, comportamentais e neurológicas. Até mesmo fatores psicológicos podem estar relacionados com a origem da gagueira”, enfatizou.
Arthur Marcelino destacou que em muitos casos o distúrbio não tem cura, mas tem tratamento, que faz com que a gagueira aconteça com menos frequência. “Por isso, tanto o adulto como a criança que apresenta dificuldades de falar deve buscar ajuda de um fonoaudiólogo. Embora conviver com a gagueira seja traumático para muitas pessoas por conta da discriminação e dificuldades enfrentadas, existem também exemplos de superação”, explicou o fonoaudiólogo.
Para Damaris Santos Souza, que é mãe de um garoto em tratamento contra gagueira no Cemca, a atividade foi uma excelente iniciativa. “Foi um estímulo para mostrar que é possível conviver com o distúrbio e ter uma vida normal, com realizações e desafios”, disse.
Parceria
A ação contou com a parceria da empresa de aparelhos auditivos Áudio Sergipe, e do Conselho Regional de Fonoaudióloga da 4ª região (Crefono 4).