Cerca de 171 pessoas com Diabetes e que dependem da insulina para controlar a doença são acompanhadas em um grupo de convivência organizado pela Unidade de Saúde da Família (USF) Dona Sinhazinha localizada no bairro Grageru. Para estimular estes usuários a manterem hábitos saudáveis que ajudam a controlar a doença, a Unidade realizou um encontro na tarde da quarta-feira, 13, cujas principais atrações foram palestras e orientações com a enfermeira Linda Leite e a nutricionista Tassia Matos do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (Nasf), além da distribuição de tiras utilizadas para monitorar a doença em aparelhos portáteis de medição dos níveis de glicose.
Tassia Matos orientou sobre cuidados alimentares expondo produtos e tabelas com dicas das comidas mais recomendadas. “Pessoas com diabetes devem manter-se alimentadas constantemente, se possível fazer um lanche a cada três horas para manter o metabolismo ativado. Na alimentação diária, recomendamos dar preferência a alimentos ricos em fibras como o pão, arroz ou mesmo o macarrão, todos do tipo integral. Já no consumo de vegetais, o melhor é consumir alimentos crus já que, em alguns casos como cenoura e a abóbora, os vegetais ficam adocicados quando cozidos”, explicou.
A nutricionista também respondeu perguntas dos usuários e falou da importância do consumo de frutas com alto teor de fibra - como a banana - e recomendou aos participantes que evitassem frutas com maior índice glicêmico como pinha, uva e jaca. Já em caso de alimentos industrializados, a profissional destacou que pessoas com diabetes devem dar preferência aos produtos diet e procurar ajuda do médico e do nutricionista antes de escolher o tipo de adoçante.
A enfermeira Linda Leite ressaltou a importância do encontro. “A cada dois meses fazemos a entrega dos fitilhos para pessoas que dependem da insulina. Aproveitamos o momento para orientá-los e envolvê-los em ações de educação em saúde que abordam a suas principais dúvidas e necessidades ”, disse.
Para o aposentado Edvar Torres dos Santos, que prestigiou a mais um encontro, as palestras foram um momento de aprender mais. “Fazem cinco anos que descobri que sofria do diabetes. As reuniões têm sido uma grande ajuda para o conhecimento dos riscos que a doença traz como, por exemplo, o pé diabético que pode surgir a partir de feridas não tratadas e também lembrar dos cuidados preventivos, seja controlando a alimentação, fazendo exercícios ou tomando os remédios em dia”, revelou.
Já na opinião da usuária Ana de Souza, a entrega de tiras - para monitorar a doença em aparelhos portáteis - também é uma contribuição relevante. “São materiais de uso constante de todos que dependem da insulina. É muito bom que a Saúde de Aracaju disponibilize esse material pelo SUS, pois, muitos não têm condições de comprar, visto que as tiras custam caro nas farmácias privadas”, opinou.
