Saúde de Aracaju elabora Plano de Emergência para casos de Dengue

Saúde
27/11/2013 12h03
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A secretária municipal de Saúde, Goretti Reis e o adjunto da pasta, Petrônio Gomes convocam gestores, técnicos e regentes da Unidade da Saúde de Aracaju para discutirem o Plano de Contingência da Assistência ao Paciente com Dengue. A ação faz parte dos indicativos do Ministério da Saúde e visa preparar a capital para casos de emergência, desde a elaboração do plano de comunicação para expor riscos e cuidados, até o atendimento aos pacientes, melhorando o tempo de resposta para os tratamentos.

Segundo Goretti, o Plano faz parte das ações do Ministério da Saúde (MS) para diversas doenças e desde 2002 a dengue passou a ser foco dos trabalhos intensivos e, anualmente, o plano é revisado e incorporado com novas atividades que vão melhorar o atendimento ao paciente com a doença para que não venha a existir óbito. Assim, a Saúde de Aracaju pretende intensificar ainda mais seus trabalhos, despertando a consciência do cidadão para a mazela, seja esclarecendo assuntos relacionados à dengue e o tratamento em si.

“O MS calcula que 2% da população de cada município brasileiro apresentem casos de dengue. Em Aracaju o esperado seria algo em torno 12 mil, mas  com nossas ações e empenho dos nossos agentes e gestores conseguimos registrar 880 (até outubro deste ano), e apenas 257 confirmados, e nenhum caso de óbito, o que é significativamente inferior ao esperado. Este índice nos deixou orgulhosos. Nosso esforços valeram a pena, porém não podemos parar por aqui. O Plano de Contingência surge no momento onde devemos antecipar os problemas que possivelmente poderão aparecer em 2014. Nossa meta é prever e trabalhar com a suposição de casos emergenciais. Com essa forma de trabalhar certamente conseguiremos permanecer em alerta, pois estamos em nível médio quando o assunto é infestação de foco da doença”, disse Goretti.

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde de Aracaju, Tereza Cristina Maynard, o Plano deverá conter a base para que o atendimento nas Unidades de Saúde da Família (USF) esteja adequado ao que o MS indica, sendo que familiares e pacientes recebam total apoio a assistência. “Precisamos modernizar nossa estrutura no tocante ao paciente com dengue, pois o mesmo exige mais cuidado e certo conforto. Assim teremos um tempo de resposta no tratamento muito maior, o que automaticamente fará com que o doente receba alta o quanto antes, permitindo que o mesmo tenha um ganho de saúde considerável”, enfatizou.

Para Petrônio Gomes, outra preocupação importante diz respeito ao resultado dos exames dos infectados. “Vamos elaborar um planejamento para que os exames sejam feitos o mais rápido, se possível em cada Unidade. Nossa intenção é que o resultado também seja emitido pelo próprio local, diminuindo assim o tempo resposta para o tratamento, que é nossa maior preocupação”, frisou o adjunto.

Já para o diretor administrativo e financeiro da Saúde de Aracaju, Jorgivaldo de Oliveira, a criação de um sistema de informação único para os resultados vai colaborar com a divulgação dos resultados. “Vamos estudar a possibilidade de criação de um sistema de informática interligando as Unidades, incluindo os dois Centros de Especialidades Médicas de Aracaju (Augusto Franco e Siqueira Campos). Dessa forma, todos os servidores terão acesso às informações, possibilitando que o diagnóstico do paciente seja do corpo médico da Saúde de Aracaju”.

Em seus apontamentos, a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue da SMS, Taíse Cavalcante, explicou que a ideia do Plano é anteceder possíveis casos da doença que fujam a normalidade, evitando uma possível epidemia. Ela informou que os trabalhos de avaliação do cenário da dengue, que antes eram feitos mensalmente, passaram a ser uma preocupação semanal, o que melhorou o tempo resposta das ações.

 “Estamos discutindo para que pontos estratégicos sejam fomentados entre os agentes de saúde, que estarão diretamente em trabalho com os doentes. Vamos focar nossos esforços em dividir os recursos do Programa Municipal de Controle da Dengue da maneira que contemple desde as ações de campo até o atendimento ao paciente. Claro que nosso Plano de Emergência também passará pela propagação dos cuidados para que a dengue não chegue a se tornar um problema incontrolável, esclarecendo através de campanhas publicitárias e outros meios de comunicação os cuidados que a população tem que tomar. Estamos fazendo muitas ações, mas entendemos que a dengue é uma preocupação contínua e que  estamos envolvidos nessa rede de informação e cuidados para combater a doença”, disse Taíse.