Vice-prefeito concede entrevista em programa de rádio

Na tarde desta quinta-feira, 9, o vice-prefeito José Carlos Machado compareceu à sede da Rádio Ilha FM para uma entrevista no programa Espaço Livre do apresentador Carlos Ferreira para esclarecer e responder algumas dúvidas da população. Durante quase duas horas, Machado conversou com diversos ouvintes de forma clara e aberta.

Quando questionado sobre o caos nos postos de saúde, o vice-prefeito respondeu com muita propriedade, afirmando que o povo estava certo e que, em um espaço tão pequeno, nada deveria faltar.  

Outra ouvinte também perguntou sobre o excesso de atestados que os médicos usam para justificar as faltas ao trabalho. "A solução seria o ponto eletrônico. Vamos implantar isso. Se for servidor, tem que ter compromisso de trabalho. O trabalho não pode parar. Não tenho dúvidas de que iremos resolver isso. Não adianta ganhar a eleição e se manter olhando para trás. Temos que olhar em frente e agir", garantiu o vice.

Machado também defendeu a questão das Organizações Sociais (OS). "As OS's funcionam em outros lugares, mas aqui não pudemos aplicá-la por questões judiciais", analisou. O vice-prefeito afirmou que um dos grandes problemas é o repasse de recursos. "Os recursos de Aracaju não são gastos apenas com a população daqui. Atendemos todas as cidades. Aracaju tem pouco mais de 700 mil habitantes, mas os registros no SUS daqui ultrapassam 1 milhão. O Estado nos deve R$ 16 milhões e alega uma série de justificativas", disse.

Ele afirma que, infelizmente, a Secretária de Saúde Goretti Reis acaba sendo culpada por todos os problemas nessa área quando, na realidade, a culpa não é dela. "Ela paga, mas não tem culpa. A questão da saúde é um problema nacional", esclareceu. 

Os ouvintes também perguntaram sobre a limpeza da cidade e as obras da Avenida Beira Mar. "Aracaju, na verdade, é um condomínio cheio de problemas. Não posso esconder esta realidade. Mas a Emurb mantém equipes diariamente trabalhando para acabar com isso. Esta polêmica da Beira Mar é desnecessária. Quando a coisa tem João por trás, ela cria uma dimensão muito além das possibilidades. Esta obra foi anunciada por Edvaldo Nogueira e foi festejada por muitos que hoje criticam", analisou Machado.

Com relação à licitação dos transportes, o vice-prefeito explicou que, assim que a nova gestão começou, eles encontraram um processo licitatório em andamento, mas que só previa a equação do transporte de Aracaju, o que gera um problema já que 30% dos que utilizam o transporte vêm de Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros. "Não tem como pensar em Aracaju sem pensar nessas outras cidades. Aracaju não pode licitar o transporte coletivo da capital sem pensar na área metropolitana. A alternativa foi licitar tudo com anuência do governo do estado", considerou.

Por conta disso, Machado explica que ainda é necessário um pouco de calma até que a situação se resolva. "Hoje, as decisões estão sendo tomadas pelo colegiado das quatro cidades. O consórcio passa a ter participação do Estado. Não podemos atropelar as coisas. Elas devem se desenvolver de acordo com os prazos regidos pela constituição". Mas, apesar disso, Machado se mostrou bastante otimista. "O transporte melhorou muito. Isso é notório. São 210 ônibus novos e seminovos. Aracaju, talvez seja a única capital do Brasil com 50% da frota nova", contou.

Quanto à questão do Plano Diretor, o vice-prefeito esclarece que é de extremo interesse dessa gestão resolver este problema, principalmente para a comodidade dos mais humildes. "O plano diretor vai sair porque é este o interesse dos gestores de Aracaju. É natural que os grandes empresários tenham interesse, mas asseguro que este interesse não vai prevalecer. A grande população que vai ser beneficiada", assegurou.