Inaugurada há três anos, a Orla Pôr do Sol se transformou em um dos mais fortes pontos turísticos da cidade de Aracaju. Na época de sua construção, foram investidos mais de R$5 milhões para expandir as opções de lazer dos aracajuanos e turistas. Localizada no Mosqueiro, Zona de Expansão, à margem do rio Vaza Barris, o local serve de ponto de encontro para passar o tempo, encontrar os amigos ou simplesmente estreitar o convívio com a natureza.
No entanto, mesmo com tão pouco tempo de construída, a Orla Pôr do Sol já começa a mostrar os primeiros sinais do descuido que houve em seu projeto e, por isso, pensando na segurança dos seus usuários, a Prefeitura de Aracaju, irá interditar o píer, ponto prejudicado pela ação do tempo e comprometido pela má qualidade do material utilizado em sua construção.
A constatação foi feita pelo presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Luiz Durval, que, durante visita de inspeção com sua equipe, verificou o estado em que o píer se encontra e demonstrou preocupação. "Não posso dizer que houve negligência na execução da obra, mas, com certeza, pode-se averiguar que foi usado um material de má qualidade e, prova disso, é o que qualquer um pode observar assim que chega à Orla e vai, por exemplo, caminhar sobre o píer", destacou Luiz Durval, durante reunião com o secretário municipal de Comunicação Social, Carlos Batalha.
Na orla, há ainda uma rampa de acesso para lanchas e transportes marítimos de pequeno porte, passarela de madeira às margens do rio, o que também causa preocupação. O presidente da Emurb, bem como os engenheiros que foram até o local e realizaram a inspeção, considerou o estado do píer como lastimável, dada a sua atual situação. "Já se verifica a impossibilidade da recuperação estrutural. Não adianta fazer a recuperação já que a mesma vai ficar mais cara do que a própria obra. Poderíamos fazer uma recuperação da ponte da Barra, por exemplo, por ser de grande porte, mas ali na Orla Pôr do Sol, não", avaliou.
Luiz Durval explicou que houve uma deterioração precoce no local. "As ferragens estão expostas, estão todas comprometidas e a solução é que iremos fazer uma avaliação mais detalhada. No entanto, os primeiros indicativos levam à demolição da obra porque não há como aproveitá-la", lamentou.
Um dos pontos mais ressaltados por Luiz Durval e também pelos engenheiros que fizeram a inspeção in loco, é que em um local como aquele, onde há grande ação marítima e forte presença de salitro, deveria haver a utilização de materiais mais resistentes. "Iremos fazer outras avaliações e, em cerca de 30 dias, poderemos dar um parecer mais detalhado. Mas, para evitar transtornos, e até mesmo acidentes, o píer ficará interditado, inclusive para o evento do próximo sábado, 8, o Speed Day", alertou Luiz Durval.
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