Saúde de Aracaju pede mobilização da população no combate a dengue

Saúde
19/03/2014 13h36
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A diretoria do Programa de Combate à Dengue da Secretaria da Saúde de Aracaju enfatiza que a população precisa ser mais incisiva na guerra contra a doença. Segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde (MS), no Brasil houve redução de 95% dos óbitos e de 84% no número de casos graves de dengue, porém medidas preventivas são necessárias para que estes números caiam ainda mais nas próximas avaliações do Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAa). O Ministério da Saúde registrou 87 mil notificações entre janeiro e fevereiro de 2014, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram catalogadas 427 mil.

De acordo com dados do MS, os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 4% dos imóveis pesquisados. Ainda foi divulgado que estado de alerta são aqueles locais em que os imóveis pesquisados possuem larvas do mosquito entre 1% e 3,9%. Sendo índice satisfatório os locais abaixo de 1% de larvas do Aedes Aegypti. Segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue da Saúde de Aracaju, Taíse Cavalcante, no último LIRAa, Aracaju registrou índice de 2,4%, considerado risco de alerta.

"É preciso que a população participe cada vez mais dessa luta e combata a dengue fazendo sua parte também, eliminando focos da doença e resquícios de ovos do mosquito em reservatórios de água. Tivemos um verão com incidência de chuvas aqui em Aracaju, o que ocasiona um clima propício para a proliferação do mosquito. Estamos com nossa força tarefa em campo para acabar com as larvas e qualquer chance de o mosquito se proliferar, mas o apoio da população é imprescindível. Estamos na finalização dos dados para o próximo LIRAa e em breve iremos divulgá-los", disse.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde aconteceu uma redução no número de casos, durante o primeiro bimestre de 2014. A região Sudeste obteve a maior redução, passou de 232,5 mil notificações em 2013 para 36,9 mil este ano. Em segundo lugar está o Centro-Oeste, que passou de 122,8 mil (2013) registros para 28,2 mil (2014); seguido do Nordeste, que teve queda de 29,6 mil (2013) para 7,9 mil (2014); Norte, de 22,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014) e Sul, de 20,3 mil (2013) para 6,9 mil (2014).

Taíse explicou que neste momento a preocupação é com os ralos de águas pluviais que acumulam as pós chuva. "Se não eliminarmos essa água em dois dias já teremos mosquitos voando. Na última avaliação do LIRAa, por exemplo, observamos que 85% dos focos da dengue foram registrados a partir de reservatórios de água que as pessoas têm em casa, tipo tanques, lavanderias. Essa cultura de guardar água é um risco muito grande", explicou a coordenadora do Programa.

Segundo definição do Ministério, o LIRAa é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. O levantamento é promovido em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde.

 

Mais informações sobre o LIRAa do início de 2014, basta clicar neste link (http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/10560-casos-de-dengue-caem-80-no-primeiro-bimestre-de-2014)