A prática do badminton tem mudado a realidade de algumas crianças da rede municipal de ensino. Há alguns meses, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom José Vicente Távora tem frequentado a quadra do Centro de Treinamento da Guarda Municipal para treinar o esporte. Essa ação faz parte de uma série de projetos da Guarda que visam promover a inclusão social de crianças e adolescentes.
A ideia de trazer crianças para treinar no CT-GMA surgiu após algumas conversas do instrutor, Wendell Mota Ribeiro, com os coordenadores do Centro. "Inicialmente apresentei o projeto na Guarda, para saber se havia interesse de trazer o esporte para os frequentadores e então organizamos um curso. Com isso, surgiu a ideia de fazer uma parceria para trazer algumas escolas do município para cá. O pontapé inicial foi quando a EMEF Dom Távora entrou em reforma e nós não poderíamos mais treinar lá. Então, estamos fazendo esse trabalho vinculado com a GMA e a Secretaria de Educação, sempre às segundas e quartas", explicou Wendell.
Cerca de dez a quinze crianças treinam com frequência e já participam de competições estaduais e até nacionais. "Esses meninos já jogavam o badminton antes, pois eu sou presidente da federação sergipana de badminton e tenho alguns projetos de inserção social através desse esporte. Como sou professor de educação física da rede municipal, já trabalhava com eles antes. A perspectiva é de ampliar o projeto e trazer cada vez mais escolas para conhecerem o esporte", esclareceu o professor.
Uma das melhores jogadoras do grupo, Kailane Letícia Vieira dos Santos, 10, é campeã sergipana nas categorias sub 13 simples e dupla, campeã da Copa Itabaiana sub 15 simples, adulto e dupla. Ela conta que conheceu o esporte após o convite do professor. "Estava estudando quando ele me chamou. Gosto muito de jogar, já tenho dez medalhas e o esporte ajudou a melhorar minha vida escolar", disse a menina.
Iniciante no esporte, o menino Carlos Yverton Sobral dos Santos, 12, já percebe algumas mudanças em sua vida. "Conheci através da minha irmã, que já jogava. É bem interessante, muita gente não conhece. Já participei de uma competição e estou gostando porque ele melhora a aparência, a convivência", contou o menino.