No dia 16 de setembro de 1987 foi estipulado um tratado, chamado de Protocolo de Montreal, que teve por intuito fazer com que os países se comprometessem a acabar e substituir o uso do CFCs e de outras substâncias que contribuem para a destruição da camada de ozônio. No Brasil, no dia 1º de janeiro de 2010, foi anunciado o fim da produção, comercialização e importação de CFCs em seu território. Desde então, se comemora no país o Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio. E neste dia, o coordenador de saneamento ambiental da Sema, Américo Azevedo de Souza, ministrou um curso na Agência Estilo Aracaju do Banco do Brasil para os funcionários da instituição.
O tema do curso foi "Um pouco mais sobre papel", onde foi explanado de que maneira o papel é produzido, observando os aspectos físicos e químicos, contexto histórico, desde os tempos egípcios aos dias atuais.
"Conseguimos interligar a Sema à Agência do Banco do Brasil, que tem por princípio a responsabilidade social e ambiental. O curso surtiu efeito, pois houve um feedback positivo dos funcionários do banco, inclusive, pediram que providenciássemos outros cursos para a agência bancária", salientou Américo Souza.
Camada de Ozônio
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro e concentra-se na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. Protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol, servindo como filtro natural. Sem ele, esses raios poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.
Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. O aumento da emissão dessas substâncias tem levado ao super aquecimento do planeta, devido ao desequilíbrio no processo de efeito estufa. A lista dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos, o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, e o metano, que é proveniente principalmente da decomposição de resíduos orgânicos.
Dentre outras substâncias que degradam a camada de ozônio estão os CFCs (clorofluorcarbonos) que são usados em aerossóis e em equipamentos de refrigeração.
Papel
Mas qual a relação do papel com o efeito estufa? De acordo com o biólogo e ministrante do curso, Américo Azevedo de Souza, o papel é um dos geradores de impacto negativo à camada de ozônio. Por isso, a importância de reutilizar esse material, reduzindo assim o corte de árvores para a manufatura do papel. "A fabricação do papel traz alguns impactos. O consumo de madeira, o consumo de água, o consumo de energia, efluentes líquidos, resíduos sólidos e emissões atmosféricas são alguns destes impactos negativos ao meio ambiente. Por exemplo, a árvore seqüestra o carbono na atmosfera, isso faz com que haja menos impacto negativo na camada de ozônio e com a diminuição delas sofreríamos com os efeitos negativos sobre o ecossistema. Dessa forma, a necessidade da redução do papel", pontuou o coordenador.