JUBs: Instantes pré-jogo são essenciais para boa atuação

Juventude e Esporte
06/11/2014 19h22
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As competições coletivas nos Jogos Universitários Brasileiros – JUBs já começaram e antes do início das partidas, atletas e técnicos têm aquele momento chamado de “concentração”, um tempo para relaxar e tirar a tensão pré-jogo. Ouvir música, conversar, ficar só, rezar, passar instruções são algumas das táticas utilizadas. 

“Quando chegamos ao ginásio é uma outra atmosfera. Tem aquela preparação com palavras de incentivo para que a gente consiga elevar o astral, a temperatura, a pulsação das atletas para que elas estejam mais concentradas e mais ligadas no jogo”, explica Ruy Sanches, técnico da equipe de handebol feminino da Unissuan.

Para o técnico de handebol feminino da Unipar – PR, Neto Trindade, o importante é controlar a ansiedade.  “Falo alguma coisa da equipe adversária e tento controlar um pouco essa ansiedade que é grande entre as atletas. A ansiedade em excesso atrapalha, principalmente em jogos decisivos”, afirma Neto.

Ronaldo Monteiro, técnico do basquete masculino da UCDB, acredita que é momento de colocar o atleta no jogo, tirando o nervosismo. “Eu tento acalmar, tranquilizar mostrar a eles que não existe a necessidade de um nervosismo excessivo porque se eles treinaram e se prepararam para os jogos eles têm que apresentar dentro de quadra aquilo que foi treinado.  Esse momento é muito importante também para trazê-los para a realidade do jogo, tirá-los do dia-a-dia e de preocupações externas”, salienta Ronaldo. 

“É um momento tão importante quanto o jogo em si. É o momento em que o atleta se concentra. Nós chegamos duas horas antes no ginásio para eles se ambientarem, conversar tentando visualizar o jogo, fazer um alongamento. É uma parte essencial para o resultado em quadra”, acredita Douglas Dias, técnico do basquete masculino do UFPA.

Atletas

Entre os jogadores, a ordem é seguir os conselhos dos técnicos e relaxar antes da partida, cada um da maneira que achar melhor. “É um momento de muita ansiedade, muito foco e concentração pensando muito no jogo. Por isso a gente tenta deixar o grupo fechado, não ficar andando por aí, não ficar batendo papo com outras pessoas para pensar mais no jogo e focar”, afirma Dayse Oliveira, do handebol da Unipar – PR. 

“A maioria das meninas tem uma mania, mas eu gosto de ouvir uma música ou jogar conversa fora para descontrair. Nosso técnico nos dá liberdade de brincar, de ficarmos todas juntas conversando num clima bacana. Eu sou focada para dar o melhor de mim e ajudar a equipe”, afirma Patrícia Batista, jogadora da Unisuan e da Seleção Brasileira.

O jogador de basquete Aluísio Arruda, da UFPA, disse que a concentração já faz parte do jogo. “É importante que a gente entre bem concentrado para começar bem a partida, isso já faz parte do aquecimento. Se a gente entrar disperso, vamos deixar a bola passar, a gente não vai marcar direito. O importante é está concentrado para começar a partida”, explica o atleta.

Superstição

Alguns atletas que disputam os JUBs têm suas superstições que, segundo eles, sempre trazem sorte.  Dentre os supersticiosos está o jogador de basquete da UFPA, Igor Santiago, que diz ter cueca da sorte. “Eu uso a mesma cueca do primeiro jogo do campeonato, eu mantenho ela até o final do jogo. A classificatória para o JUBs eu joguei com a mesma cueca os jogos e aí a gente conseguiu a classificação. Tive uma boa atuação”, garante Igor.

Já Olímpio Amauri só disputa campeonatos de basquete usando suas samba canção da sorte. “Eu uso as mesmas e sempre dão sorte, até agora a gente não perdeu. São duas samba canção que eu vou revezando e lavando sempre”, afirma Olímpio Amauri, jogador da UCDD.