O Centro Cultural de Aracaju recebeu a visita de alunos do Curso de Gestão e Prática de Obras de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural, promovido pelo Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Voltado para engenheiros, arquitetos e restauradores de todo o Brasil, o curso realizado em Recife, é um dos mais importantes da área.
Na sexta-feira, 28, o grupo foi recebido pela presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Aglaé Fontes, juntamente com o subsecretário de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural (SUBPAC), Luiz Eduardo Oliva. "Escolhemos o Centro Cultural para abrir as visitas deste grupo em Aracaju, por ser um belíssimo prédio recém inaugurado e também por sua representatividade histórica para o Município. Um povo que zela por seu patrimônio, é povo que evolui", ressalta Oliva.
O prédio da antiga Alfândega, que hoje abriga o Centro Cultural, foi construído em meados do século XIX, no período de transferência da capital do Estado de São Cristóvão para Aracaju. Reformado em 1928, o prédio ganhou os moldes que possui atualmente. "Para nós é uma honra receber uma turma de estudante composta por profissionais especialistas na área de restauro. Isso mostra a importância que o prédio do Centro Cultural tem para o patrimônio histórico de Sergipe", enfatiza Aglaé Fontes.
A visita também foi guiada pelo restaurador encarregado pela obra, Cristiano Lopes, pelo arquiteto Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Kleber Queiroz, e pelo coordenador do curso, professor Jorge Eduardo Lucena Tinoco.
"Nessa viagem de estudos, estamos realizando visitas técnicas em locais que passaram por restauro recentemente. Esse prédio traz uma requalificação da arquitetura antiga com uma conduta que busca preservar, mas voltada para novos usos. Acredito que esta escolha foi muito exitosa, sobretudo por se tratar de um espaço cultural", observa Tinoco.
Para a artista plástica e aluna do curso, Dalmoni Lydijusse, especialista em prospecção estratigráfica, a visita foi muito proveitosa. "Gostei muito da apropriação de elementos antigos do prédio para os dias de hoje. A placa da entrada, o piso de madeira e as aberturas são alguns dos elementos que foram cuidadosamente trabalhados no restauro", destaca.
Em Aracaju, os estudantes seguiram as visitas pelo Palácio Olímpio Campos, Cacique Chá, Catedral Metropolitana, Palácio Fausto Cardoso e no Museu da Gente Sergipana. A visita no Centro Cultural contou ainda com a presença do vice-presidente da Funcaju, Gustavo Vargas Aguiar, das representantes do Iphan, a historiadora Flavia Klausing e arquiteta consultora Tamyres Fontinele, e do arquiteto do SUBPAC, Edilio Lima.
