Decoração natalina terá obras do Projeto Reciclart da Emsurb

Serviços Urbanos
04/12/2014 17h41

Obras das oficinas de papel da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Projeto Reciclart, serão inseridas na decoração natalina da capital aracajuana. São anjos, árvores de Natal e presépios, todos feitos de papel e garrafas peti, que ficarão expostos até o dia 12 de janeiro.

Através das ideias do coordenador voluntário do Projeto Reciclart, Murilo Alves, as obras foram concebidas. Para ele, no mundo de hoje é preciso trabalhar o máximo com a sustentabilidade. "Eu levei para a comissão de escolha das decorações essas ideias, e lá foram aprovadas", relata Murilo.

São seis anjos de três metros de altura, que serão colocados no calçadão do Centro comercial, 36 árvores de Natal, que serão distribuídas nos bairros e quatro presépios, montados em alguns pontos principais da capital. Essas obras foram produzidas em cerca de 20 dias por uma equipe composta por cinco oficineiras e cinco internos da Fundação Renascer.

"Eu consegui tirar da ociosidade cinco meninos que fizeram esses anjos. Foi através de um curso que fizemos na Fundação Renascer, eles gostaram daí os trouxemos pra cá e os aperfeiçoamos. Nós procuramos valorizar pra levantar a autoestima desses meninos", destacou o coordenador.

Segundo Murilo, de todas as obras, os presépios ganham mais destaque, por ser algo inovador. "Será um presépio nordestino, os animais serão compostos de bumba-meu-boi, os reis magos serão os marujos, o rei do cacumbi é São José, e Nossa Senhora é a rainha do reisado, então será um presépio cheio de chitas, candeeiros, espelhos, enfim, bem nordestino", enfatizou Murilo.

Para o coordenador, saber que os trabalhos do projeto seriam usados para decoração da cidade, foi muito gratificante. "Eu fiquei muito feliz, porque a gente precisa mostrar esse trabalho, e acredito que após essa exposição nós seremos reconhecidos e teremos mais apoio", enfatizou Murilo, esperançoso.

Eliane Rodrigues Nascimento é oficineira do Projeto Reciclart há 16 anos e, para ela, ter seus trabalhos expostos dessa forma é muito gratificante. "Saber que um papel que ia ser jogado no lixo, é transformado em peças decorativas, é muito bom. E a nossa principal técnica é a força de vontade", destacou a oficineira, orgulhosa.