O Conselho Municipal em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD), vinculado à Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), participou do II Seminário ‘Pessoa com Deficiência e Mercado de Trabalho – Direitos, Deveres e Acessibilidade’, na manhã da última quinta, 11.
Promovido pela Superintendência Regional do Trabalho de Sergipe (SRTE/SE), em parceria com o Fórum Estadual de Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho, o evento aconteceu no auditório da Universidade Tiradentes, no centro de Aracaju. Na ocasião, estiveram presentes autoridades do poder público, entidades que trabalham com a pessoa com deficiência e seus assistidos, além de representantes de órgãos públicos e privados.
O evento contou também com apresentação da Dança Inclusiva ‘Meu mundo e nada mais’, com as bailarinas Renatha Raíssa e Lavinia Texeira , e com o coral da Associação de Deficientes Visuais de Sergipe que abriu o evento. “O evento foi um sucesso de público. Tivemos um número superior ao ano passado. É gratificante ter mais pessoas interessadas nesse assunto”, afirmou a vice- presidente do CMDPcD, Gorette Medeiros.
Fiscalização
A superintendente regional do trabalho em Sergipe, Celuta Krauss, destacou que a intenção do seminário é proporcionar à sociedade a oportunidade de aprofundar o debate acerca da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. “Nossa Superintendência fiscaliza o cumprimento da obrigação legal da cotas para pessoas com deficiência que está prevista no artigo 93 da lei nº 8.213/1991 em empresas sediadas em Sergipe que possuem acima de 100 empregados”, disse Krauss, ressaltando que, a princípio, há uma fiscalização diferenciada que é mais voltada para a orientação e a sensibilização.
Sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) concedido às pessoas com deficiência, a superintendente lembrou que, ao adentrar no mercado, o benefício é suspenso. “A pessoa com deficiência não perde o benefício. Ele é somente suspenso. Mas nos contratos de jovem aprendiz, que são de até dois anos, ela continua recebendo o benefício”, explica.
Apresentações
Em seguida o espaço foi aberto para as apresentações de profissionais que trabalham ativamente na luta da inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, como a professora Telma Delmondes e Daniel Renno, coordenador do Projeto I Surdos.
Algumas pessoas com deficiência presentes na plateia apresentaram depoimentos emocionados. ”Sou muito bem acolhido no meu ambiente de trabalho. Tenho voz opinativa e fico feliz de estar incluído na sociedade e ser respeitado profissionalmente”, revelou Ricardo Silva,atendente da Mapfre seguros.
O vereador Lucas Aribé também comentou sobre o início de sua carreira. “Foi um longo caminho até que eu conseguisse a primeira chance de emprego, mesmo portando duas graduações. Passei pelo absurdo de um entrevistador de RH me perguntar se eu conseguia assinar meu nome”, disse.