Ministério da Saúde estimula que mulheres façam parto normal

Saúde
06/01/2015 16h19

A busca da redução no número de cesarianas é uma luta antiga de todo o sistema de saúde brasileiro. Na Capital, a Saúde de Aracaju também vem fazendo sua parte no tocante a este assunto. Constantemente são criadas algumas ações que visam reduzir o número de intervenções cirúrgicas na hora da mulher ter seu filho. No ano passado foram realizados mais de 8.600 partos em Aracaju, porém apenas 46% destes foram normais.

A meta do Ministério da Saúde é que somente 15% dos partos realizados no Brasil sejam cesáreos, sendo 85% dos casos na forma natural. Segundo a Coordenadora do Programa de Saúde da Mulher, Cristiani Ludmila Borges esse alto índice de partos cesáreos se deve a dois fatores: o medo de muitas mulheres e o incentivo dos médicos, por uma questão de comodidade.

"Muitas mulheres ainda acreditam que a cesariana é a melhor opção para parir, quando na verdade não é, exceto em casos restritos, pois além da recuperação ser mais demorada, ocorrem vários riscos de complicações, porém ainda assim muitos obstetras optam por este procedimento, por uma questão de comodidade, já que é possível fazer um agendamento " ressaltou Cristiani.

Em 2011, o Ministério da Saúde lançou a estratégia da Rede Cegonha que tem como uma das principais diretrizes o parto humanizado. Esta ação garante segurança para mãe e filho, uma vez que possibilita que a mulher tenha maior liberdade na hora de escolher o tipo de parto adequado para cada gestante.

Cristiani Ludimila disse que após essa estratégia houve um fortalecimento da conscientização do parto fisiológico. "O nome normal já sinaliza a ideia do natural, ou seja, a melhor opção. Hoje com o desenvolvimento de várias campanhas já percebemos, principalmente em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, um resgate do parto humanizado, algo que foi perdido no tempo", afirmou a coordenadora.

A Saúde de Aracaju trabalha também com estratégias para redução dos números de partos cesários. "Desde 2005 desenvolvemos o programa Mãe Coruja, que objetiva garantir a realização de exames do pré-natal, como também todo o trabalho de orientação desse período (palestras e distribuição de materiais educativos nas Unidades de Saúde da Família).