Com a meta de garantir os direitos das pessoas surdas e promover sua acessibilidade, a Prefeitura Municipal de Aracaju, através de parceria entre a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju) e a Biblioteca Municipal Clodomir Silva, está oferecendo à população aracajuana o curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que utiliza os sinais como forma de comunicação. O curso tem duração de dois meses, com aulas nos turnos da manhã e da noite, totalizando 60 horas/aula, que estão sendo ministradas até o dia 15 de dezembro, utilizando a Língua Brasileira de Sinais, que é reconhecida legalmente como forma de comunicação e expressão. As aulas acontecem no auditório Poeta Santo Souza, na Biblioteca Clodomir Silva. De acordo com a chefe da Seção de Extensão e Ação cultural, Carmem Lúcia, essa é uma oportunidade fundamental para facilitar a comunicação com as pessoas que possuem deficiência auditiva. Essa é a primeira turma de Libras. Já capacitamos quatro turmas no curso de Braille, a meta agora é capacitar várias turmas também nesse curso, comenta. Segundo o professor Fábio Alves, que utiliza essa língua diariamente para estabelecer comunicação com as pessoas, é de extrema importância que as pessoas comuns aprendam essa língua. O curso é dividido entre aulas teóricas e práticas, através de apostilas e conversação, explica. Para a professora Flávia Herminia, é indispensável conhecer essa língua, uma vez que uma das salas em que ministra aula, tem alunos com deficiência. É muito importante ter um domínio dessa comunicação, mesmo que básico, mas com certeza vou poder ajudar melhor meus alunos que possuem essa deficiência. Tenho absoluta certeza de que o empenho deles em sala de aula também vai melhorar, enfatiza. Sua colega de classe, Lúcia Andréa, já possui um certo conhecimento sobre a língua, mas espera entender melhor o diálogo que seu irmão - que possui deficiência auditiva tenta estabelecer. Essa é uma forma de incluir essas pessoas na sociedade. Vi a felicidade do meu irmão quando usei a língua dos sinais para conversar com ele. Agora posso ajudá-lo, em casa, nos estudos, pois sei a dificuldade que ele tem em conversar, informa. Com esse trabalho, a PMA ratifica o compromisso com a igualdade de oportunidades e com o processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais na sociedade. Lembrando que participam desse curso professores, conselheiros tutelares, estudantes, pessoas ligadas ao turismo, funcionários da biblioteca, parentes de pessoas surdas e toda a sociedade que tenha interesse pela língua.