Com estímulo dado pelo Centro de Zoonoses (CCZ) de Aracaju, mais 53 pessoas que moram nos bairros Jardim Centenário e Soledade, considerados locais que estão entre áreas de maior incidência da esquistossomose no Município, iniciaram tratamento contra a doença. Na manhã do sábado, As Unidades de Saúde da Família (USFs) Onésimo Pinto e Carlos Hardman estiveram mobilizadas junto com equipes do CCZ para acolher e orientar os usuários que tiveram exames com resultados positivos para a doença. Foram promovidas palestras seguidas de consultas com entrega do medicamento especifico para curar a doença.
A coordenadora do CCZ, Cristiane Remígio reforçou que as ações serviram, sobretudo, para conscientizar as pessoas. “Tratar e diagnosticar cedo é fundamental. A esquistossomose é uma doença curável e de tratamento simples. Mostramos que a esquistossomose continua sendo uma doença perigosa, pois quando não cuidada logo cedo pode deixar danos no organismo”, disse.
Cristiane Remígio reforçou que a ação foi parte de um calendário de atividades promovidas pelo CCZ, que abrangem as áreas de maior incidência como os bairros Santa Maria, Jardim Centenário, Soledade, Coqueiral e Lamarão.
“Já concluímos as atividades em muitas das localidades e o próximo bairro a receber as equipes é o Santa Maria. No mês de abril, os agentes vão percorrer os quarteirões do bairro e fazer visitas domiciliares entregando e recolhendo frascos coletores de fezes que serão encaminhados para os laboratórios do CCZ para que sejam identificados os casos positivos. A cada visita os agentes também vão explicar o que é a esquistossomose e as formas de prevenção”, afirmou a coordenadora do CCZ.
A ação atendeu à Portaria nº 3.097 do Ministério da Saúde (MS) que estimula municípios a criarem ações inovadoras do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard, a atividade integra um projeto de intensificação de medidas preventivas à Esquistossomose, em parceria com o Ministério da Saúde, ampliando a busca ativa de casos novos da doença e realizando tratamento da população. “Trabalhamos com os Agentes de Combate às Endemias e Agentes Comunitários de Saúde levando a informação à população mais vulnerável, sobre como se proteger e evitar o risco de adquirir a doença, pois é de fundamental importância articular a ações operacionais de controle com as ações educativas” , enfatizou.
Segundo supervisor de Endemias do CCZ, José Chagas, o Município, por meio do Programa de Controle da Esquistossomose, também trabalha rotineiramente no combate à doença em todas as regiões da cidade. “Além da coleta de amostras para realização de exames, os agentes fazem tratamentos químicos em lagoas, riachos, regiões de alagamento ou em torno de residências onde são encontrados caramujos e moluscos que, após análise laboratorial, tenham sido identificados como transmissores”, disse.
“As principais orientações para prevenir são evitar banhos em lagoas e riachos, pois se trata de uma doença de veiculação hídrica. Nas localidades onde já confirmamos a presença do vetor pedimos que as pessoas tenham cuidados redobrados e sempre busquem andar calçadas, protegendo os pés de contato com lugares contaminados. Além disso, buscar fazer os exames de rotina nas Unidades de Saúde, em especial o exame parasitológico de fezes” , enfatizou José Chagas.
