Um panorama sobre notificações de casos de dengue nos bairros de Aracaju, avaliação epidemiológica das doenças exantemáticas (ligadas vírus que causam manchas na pele e coceira) bem como estratégias para combater epidemias foram temas abordados em reunião entre a Saúde de Aracaju e representantes de entidades de classe. O encontro entre a Diretora de Vigilância em Saúde (DAS), Vigilância Epidemiológica, Programa Municipal de Controle da Dengue e membros do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed-se), do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren-Se) aconteceu quinta-feira, 16 de abril, quando foram esclarecidas dúvidas e repassadas informações.
Durante a abertura da reunião a coordenadora do Programa de Combate a Dengue, Taíze Cavalcante, destacou que, desde janeiro de 2015, em Aracaju foi observado um aumento no número de casos notificados e informados de uma doença com as seguintes características: exantema (manchas na pele), coceira com ou sem e com febre. “A Saúde do Município ficou em alerta, sobretudo por conta de surtos de doenças como rubéola, sarampo em outras regiões e também pela introdução da Chikungunya no país. Foram feitas as notificações e até o memento o que temos são diagnósticos laboratoriais confirmando alguns casos de dengue”, explicou.
Taíze Cavalcante destacou que os bairros de maior notificação de casos da dengue estão o Ponto Novo, Luzia, Farolândia, Jabotiana, Grageru, São Conrado e Santo Antônio. “A Saúde está em alerta para combater e prevenir a doença, principalmente nas áreas de maior risco como Atalaia, Aeroporto, Santa Maria, 18 do Forte e 17 de Março. Temos o reforço no trabalho dos agentes de endemias, os mutirões aos sábados e a circulação do Carro Fumacê, aplicando inseticidas”, explicou.
Durante a reunião foi acrescentado que, para lidar com surto de doenças exantemáticas ainda não identificadas, a Saúde tem feito reuniões com equipes da Saúde do Município e com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar de Hospitais públicos e privados para a orientação das ações. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulina Gomes, destacou que o Ministério da Saúde tem se posicionado sobre a problemática. “Houve uma reunião do Ministério da Saúde com toda região nordeste, onde foi colocada a necessidade de cada Estado realizar um inquérito para identificar o vírus que esta causando os casos clínicos inespecíficos”, disse.
Ao final do encontro foi entregue aos representantes de entidades de classe uma nota técnica a ser repassada aos demais profissionais com instruções sobre como lidar e notificar as suspeitas de dengue e casos inespecíficos. A diretora de Vigilância em Saúde (DAS) de Aracaju, Tereza Cristina Maynard avalia que a reunião serviu para alinhar a atuação das entidades e pedir a colaboração no sentido de divulgar as medidas. “Isso vai contribuir para que para que haja menos riscos de complicações pelas doenças no nosso Município e também sejam feitas mais notificações”, afirmou.
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe, Geison Ricardo , reforçou que a categoria está sensibilizada pelo combate às epidemias e doenças. “Desejamos notificar e trabalhar melhor os casos de dengue e as demais suspeitas. O número de notificações atual ainda esta abaixo do esperado”, pontou.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto, afirmou que os casos de pessoas com manchas na pele, coceira e febre baixa, tem sido relatados e registrados com frequencia pela comunidade médica local. “O encontro foi válido porque debatemos as informações oficiais. Agora vamos sensibilizar a categoria para a participação e o engajamento”, concluiu.