Assistentes Sociais da Saúde de Aracaju assistem palestra sobre adoção

Saúde
19/05/2015 13h48
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A Saúde de Aracaju, através da Coordenação de Serviço Social e do Programa de Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem, promoveu, na manhã desta terça-feira, 19, no Centro Administrativo Aloísio Campos, uma palestra sobre adoção. O objetivo da ação foi proporcionar aos assistentes sociais da Rede Municipal uma equiparação de informações sobre o tema, levando em consideração detalhes históricos e legais, sensibilizando-os para a humanização dos trabalhos ofertados à população.

Segundo a coordenadora do Programa de Saúde da Criança, do Adolescente e do Jovem da Saúde de Aracaju, Rita Bittencourt, a ideia surgiu da juíza da 16ª Vara Cível da Infância e da Adolescência, Rita Geane Nascimento Santos, que sugeriu uma conversa com as profissionais de Serviço Social para informá-los sobre os procedimentos legais.

“Nosso trabalho com os assistentes sociais que trabalham dentro das Unidades de Saúde da Família é mais para sensibilizá-los quanto aos casos envolvendo crianças e adolescentes. Nossa parceria com o pessoal da 16ª Vara Cível vem reforçar a importância de se pensar na criança e ou no adolescente que será adotada (o), desde o início, quando o adulto começa a pensar em colocá-lo para a adoção.”, explicou Rita.

De acordo com a coordenadora de Serviço Social da Saúde de Aracaju, Lara Verônica Brito Gomes, dentro das USFs, os assistentes sociais conhecem a história de vida de cada paciente, auxiliando-os quando necessários em quaisquer assuntos. “Existem muitos casos onde a mulher, no início da gravidez, já sinaliza que doará a criança. Estamos aperfeiçoando nossos profissionais para perceberem casos assim, possibilitando que esse doador faça os caminhos legais da adoção, levando em consideração, primordialmente, o bem-estar do adotado”, pontuou.

A palestra ficou sob responsabilidade do chefe do Núcleo Técnico da 16ª Vara Cível da Infância e da Adolescência e também psicólogo da Rede Municipal, Pedro Pires. Explicando detalhadamente o processo legal da adoção no Brasil, desde o início até os dias atuais, passando por conceitos sobre maternidade e maternagem, Pedro mostrou a evolução da adoção, tirando as dúvidas mais freqüentes dos assistentes sociais.

“Nosso trabalho nesta palestra não é apenas mostrar como o assistente social pode direcionar a pessoa que deseja doar uma criança, mas também estamos explicando como uma pessoa que deseja adotar deve proceder (seguindo os trâmites legais da fila da inscrição, fila de espera, entrevistas, etc). Muitas vezes o conhecimento dos assistentes está fragmentado, então nosso trabalho é unificar as informações dos procedimentos legais”, disse.

O representante da 16ª Vara Cível ainda frisou ainda que os assistentes sociais precisam apurar o olhar quanto à adoção. “É preciso, por exemplo, não julgar a mãe que deseja fazer a doação. Temos que levar em consideração as experiências do doador e sua opinião quanto à vida, buscando entender suas motivações. Os assistentes sociais são capazes de direcionar cada caso, de forma a não criar mais traumas tanto para o adotado quanto para o doador”, disse.

Segundo a assistente social, Ivana Maria Dias, a palestra foi esclarecedora em aspectos relacionados à modernização dos tramiteis legais e também informativas, no tocante aos procedimentos em casos de adoção. “Até agora, na USF em que trabalho, não apareceu nenhum caso de pessoa querendo dar uma criança para adoção, porém, caso isto venha a acontecer, a partir desta palestra, saberei como orientar a situação de forma mais consciente e correta”, enfatizou.