Saúde de Aracaju apresenta situação atual da Dengue na capital

Saúde
28/05/2015 13h59
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Na manhã desta quinta-feira, 28, no auditório do Cemar do bairro Siqueira Campos, a Diretoria de Vigilância em Saúde da Saúde de Aracaju anunciou as informações mais recentes relativas ao 3º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os meses de abril e maio deste ano. Segundo os dados, Aracaju apresenta índice de infestação de 1,9, considerado pela nomenclatura do Ministério da Saúde como risco médio (ou estado de alerta).

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde (DAS) de Aracaju, Tereza Cristina Maynard, o objetivo do LIRAa é o diagnóstico de infestação do Aedes aegypti em cada bairro da Capital. “A Saúde de Aracaju traça metas para cada local, a partir do resultado deste levantamento. Direcionamos nossos trabalhos, em menor ou maior escala, de acordo com os problemas de cada bairro. Esse combate é permanente e precisa contar sempre com o apoio da população”, enfatizou.

Tereza frisou que a Dengue é assunto sério, sendo das doenças transmitidas por vírus, uma grande causadora de óbitos. “Descobrimos que o perfil epidemiológico da dengue em Aracaju atinge na maioria as mulheres (64.7%) enquanto os homens apresentaram 35% do público doente. As mulheres, em sua maioria procuram regularmente as Unidades de Saúde da Família. Os homens continuam não procurando as unidades para consultas e tratamentos e isso reflete no nosso levantamento de dados. Não adianta adoecer e ficar em casa. É preciso ir até uma unidade, fazer sua consulta, realizar exames, para que tenhamos um maior controle da doença e seus principais bairros de infestação”, disse.

Cuidados permanentes

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Saúde de Aracaju, Raulinna Gomes, a população deve redobrar os cuidados neste período do ano. “Abril e maio são propícios para a proliferação do mosquito, por conta do clima chuvoso e quente. Não podemos baixar a guarda quanto à prevenção. Continuaremos com ações diárias com nossos agentes de endemias e também com os mutirões nos fins de semana. Tudo para amenizar os riscos”, pontuou.

De acordo com a coordenadora do Programa de Combate a Dengue, Thaise Cavalcante, alguns bairros apresentaram queda nos índices de infestação, porém outros permanecem ainda em estado preocupante. “Apesar de todas as ações que realizamos, das passagens do carro fumacê, o bairro 18 do Forte apresentou risco de infestação muito alto, nível seis, considerado muito preocupante. Já o bairro Getúlio Vargas ficou com 3.1 e o bairro Grageru com três, considerados níveis de alto alerta”, explicou.

Número de casos

Pelos dados do LIRAa, o bairro Farolândia apresentou maior número de notificações de dengue, entre esses dois meses, ficando com 115 casos. O Jabotiana ficou em segundo lugar, com 111 registros e o Ponto Novo levou a terceira colocação com 88 casos.

“A população não pode esperar apenas que o carro fumacê resolva o problema da Dengue. É preciso ser um trabalho conjunto com todos os aracajuanos ligados nas larvas e nos sintomas da doença, relatando tudo para os Agentes de Saúde vão até as residências aracajuanas e ou indo ate uma USF perto de casa. Precisamos nos unir. Por este último LIRAa constatamos que os maiores criadouros estão dentro de nossas próprias casa, são as lavanderias de água, as caixa de água e tonéis usados como reservatórios. Os depósitos domiciliares, vasos de plantas, ralos, sanitários e lajes ainda continuam sendo grandes núcleos para a eclosão dos ovos dos  Aedes. Temos que limpar tudo, realizarmos também esse monitoramento em nossas residências e abrir as portas para os agentes, fardados, para que os mesmos realizem uma caça às larvas do mosquito e ajude a eliminar os focos”, ressaltou Tereza Cristina.