Saúde de Aracaju aplica inseticida contra mosquito transmissor da Leishmaniose

Saúde
02/06/2015 13h29
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Semanalmente, todas as terças, quartas e quintas, equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Aracaju percorrem bairros da capital aplicando inseticida contra o mosquito do gênero Phlebotomus. A Leishmaniose visceral (conhecida também por calazar) é transmitida pelo ‘mosquito-palha’ ou ‘birigui’(Lutzomyia longipalpis) e infecta tanto seres humanos quantos os caninos. Na manhã desta terça-feira, 02, os profissionais estiveram no bairro Atalaia, mais especificamente no Alto da Várzea, região que apresentou um caso humano da doença nas últimas semanas.

Segundo o supervisor de Controle da Leishmaniose de Aracaju, Wilson de Oliveira dos Santos, a escolha da Atalaia veio após a constatação de animais infectados e também de um caso envolvendo uma criança infectada. “A micro área o Alto da Várzea apresentou cães infectados nas amostras de sangue que colhemos. De 28 animais, 12 estavam com Leishmaniose e esse quadro é preocupante, pois coloca em risco a saúde da população local”, disse.

Wilson ainda explicou que algumas pessoas estão mais suscetíveis à doença. “Crianças e idosos estão mais propensos por possuírem sistema imunológico mais frágil. Usuários de drogas também fazem parte do perfil das pessoas atingidas pela doença. A Leishmaniose apresenta seus sintomas entre três e seis meses do contágio. Começa com febre no final da tarde, perda do apetite e complicações no baço e fígado. O tratamento é gratuito na Rede Municipal, ofertado pelas Unidades de Saúde da Família ou em casos mais graves, os cuidados são aplicados nos Hospital Universitário ou no HUSE”, pontuou.

De acordo com supervisor de área, João Carlos Dias, em média 16 casas recebem inseticida por manhã de trabalho, pois a ação exige um cuidado minucioso na aplicação do produto. “Chegamos até essas residências e conversamos com as pessoas explicando o processo de aplicação do inseticida, questionamos ainda se as mesmas possuem alergias e explicamos procedimentos para evitar intoxicação. A cada aplicação é necessário que se desocupem as residências, por no mínimo meia hora. O produto é sobreposto na área interna, externa e nos quintais também. Não encontramos resistências por parte dos moradores. Todos entendem e participam do processo, pois sabem que esta ação é para combater o mosquito. Nesta região da Atalaia houve um caso de uma criança com Leishmaniose, porém, a mesma já foi medicada e está com a saúde perfeitamente em dia. A Leishmaniose em humanos tem cura”, informou.