Visando melhor preparar as equipes, a Saúde de Aracaju, através do Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju, tem investido na capacitação dos agentes de endemias, entre esses cursos, foi encerrada nesta sexta-feira, 17, o "I Curso em Tecnologia de Aplicação de Inseticidas e Segurança no Trabalho para Agentes de Combate às Endemias”, no bairro Mosqueiro.
O curso teve início em fevereiro deste ano com carga horária de 60h, sendo que as aulas eram dadas todas as sextas-feiras, no período da tarde, para 25 agentes de endemias da Saúde de Aracaju. As aulas teóricas foram voltadas para apresentar aos agentes como proceder com as doenças que acometem cães e gatos como a raiva, a leishmaniose, entre outras.
Segundo o coordenador da campanha da dengue, Elielson Lima Rodrigues, que foi colaborador do curso, os agentes também tiveram aulas práticas. “Ensinamos aos agentes como instalar as armadilhas para capturar o transmissor (flebótomo, conhecido também como o "mosquito da palha"). Assim, o CCZ identifica as áreas onde há foco do mosquito para, posteriormente, retornar com aplicação de inseticidas”, relatou.
Para o supervisor do Programa de Controle de Leishmaniose, Wilson de Oliveira, esses cursos são fundamentais para o controle da doença. “Os agentes de endemias estão preparados para poder combater a leishmaniose, pois eles têm feito um trabalho constante em diversos bairros da capital. Vamos às casas dos moradores coletando sangue dos animais e fazendo a distribuição de material educativo para orientar as pessoas sobre como prevenir o surgimento de focos do mosquito nos quintais, terrenos e casas”, informou.
Os bairros mais críticos onde foram encontrados casos de leishmaniose foram: Mosqueiro, Olaria e Santos Dumont. Por apresentar focos maiores, os agentes estão intensificando as ações nessas áreas. Wilson alertou que essa ação precisa da colaboração conjunta com a comunidade. "Os moradores devem evitar acúmulo de lixo, entulho e matérias orgânicas, como folhas nos quintais. Quem cria galinhas, cães, gatos ou outros bichos deve sempre manter os recintos bem higienizados", afirmou.
Sintomas da Leishmaniose
Nos seres humanos, os sintomas da doença são: febre por cerca de duas semanas, com intervalos, falta de apetite, emagrecimento, indisposição e crescimento do abdômen. Já os animais contaminados costumam apresentar feridas nas extremidades, lacrimejamento, mau cheiro, unhas grandes e crescimento do abdômen.