Descobrindo a Cultura Popular: mesa redonda é realizada na Biblioteca Clodomir Silva

Funcaju
18/08/2015 10h01
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Com o intuito de ressaltar a importância da cultura popular e salvaguardar os patrimônios material e imaterial, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), por meio da Biblioteca Municipal Clodomir Silva promoveu na noite de ontem, 17, a mesa redonda intitulada “Descobrindo a Cultura Popular”. O evento faz parte da programação especial que a Funcaju preparou em comemoração ao dia do Folclore, 22 de agosto.

A noite contou com a participação dos alunos do ensino médio do Colégio Unificado, que atentos à palestra da professora Maria Augusta Mundim, da Universidade Federal de Sergipe, perceberam que o antigo e o novo está interligado através da rede e que sua relação vai mais além do que se imagina. “Eu trouxe um breve relato sobre o projeto que estou desenvolvendo na cidade de Japaratuba com aproximadamente 50 jovens, que fala sobre o reconhecimento da identidade e a identificação do patrimônio que nos rodeia”, disse.

O projeto “Japaratuba em Rede: Juventude, cultura e cadeias produtivas”, patrocinado pelo Instituto Banese, é uma iniciativa que serve de exemplo para todo o Estado, já que utiliza como difusor para preservação do patrimônio os jovens. “O patrimônio quer seja material ou imaterial é tudo aquilo que herdamos do passado e reconhecemos como presente. Nada mais apropriado do que inserir o jovem nesse contexto”, falou a professora elogiando a iniciativa da Funcaju em promover um evento voltado para esse público.

A professora explicou também, que para entender o que é patrimônio, se faz necessário primeiro conhecer quem você é. “Quando entendemos quem somos e quais os valores e sentimentos incalculáveis destinamos a determinadas coisas, compreenderemos a importância do patrimônio. Somente após esse processo saberemos identificar com eficácia quais os patrimônios que convivemos e qual a relevância que ele exerce em nossa vida”, revelou.

Já Sônia Menezes, professora da UFS, trouxe o tema Alimentos Identitários, que fala sobre as comidas que também são considerados patrimônios, mas em suma a própria comunidade que o produz desconhece. Além da relação entre a produção artesanal e a indústria do marketing, que favorece a extinção de muitos costumes alimentícios.

A noite foi encerrada com a mini palestra do maestro Sérgio teles, diretor da Escola de Arte Valdice Teles, unidade da Funcaju, que falou sobre o forró e sua relevância para os aracajuanos.