Biblioteca Clodomir Silva comemora 100 anos da língua Esperanto em Sergipe

Funcaju
12/07/2007 09h34
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Muita gente nunca ouviu falar da língua internacional Esperanto, mas ela está completando 100 anos de presença em Sergipe e 120 de existência no mundo. E para comemorar a data, a Biblioteca Municipal Clodomir Silva, unidade gerenciada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), promove na próxima segunda-feira, dia 16, às 18h30, um encontro com esperantistas e com o público em geral. Na ocasião o professor doutor em Linguística, Roberto da Silva Ribeiro, que ministra aulas do idioma na Unidade, promoverá debates e exposições sobre a língua, criada em 1887 pelo oftalmologista polonês, Lázaro Luiz Zamenhof. Também estarão presentes, participando das discussões, representantes de alguns Centros Espíritas da cidade, que fazem uso dessa língua. O evento é uma oportunidade criada pela Prefeitura da cidade para promover o reencontro de pessoas interessadas no assunto. Em Sergipe o Esperanto esteve muito presente, principalmente na capital, a partir de 1909 até a década de 30, sendo inclusive reconhecido internacionalmente como um dos principais centros da língua no mundo. Prova dessa forte presença foi o batismo de um logradouro público com o nome de Largo Esperanto, localizado no Centro de Aracaju, no final da rua Itabaianinha. O movimento esperantista começou a enfraquecer na cidade por volta da década de 1980. De acordo com a funcionária da Biblioteca e aluna do curso, Dilma Messias, é com o objetivo de reestruturar esse antigo grupo praticante, que a Prefeitura de Aracaju, com a iniciativa do professor Roberto Ribeiro, promove tanto o curso quanto o evento comemorativo. “As aulas acontecem todas as segundas e sextas-feiras, das 19 às 21 horas. Essa é a primeira turma do curso, que foi iniciado no final de abril e deve seguir até o final de agosto”, informou. O curso tem carga horária de 60 horas. A estudante Anne Carolina da Silva, 17, ingressou no curso movida pela curiosidade, assim como outros colegas que, como ela, também não conheciam o Esperanto. “Eu senti vontade de fazer por ser um curso novo, de uma língua desconhecida, então resolvi experimentar. É uma língua fácil e eu estou gostando, é divertido, só é um pouco difícil na tradução, mas o professor é legal e paciente”, contou animada. Esperanto O Esperanto não foi criado para substituir as demais línguas do mundo, mas sim para servir de língua franca internacional para toda a população mundial. Ela tem como principal objetivo unir os povos através de um fundamento lingüístico neutro, sendo usada ininterruptamente desde a sua criação pela comunidade esperantista mundial. O ensino e aprendizado do Esperanto é estimulado pela Unesco e pelo Conselho Federal de Educação.