Terceira etapa de audiências do PDDU chega ao 18 do Forte

Agência Aracaju de Notícias
03/09/2015 08h19
Início > Noticias > 66284

O bairro 18 do Forte foi a terceira comunidade a receber a nova etapa de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), promovida pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Secretaria municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog). Os moradores compareceram a Escola Municipal de Ensino Fundamental Sabino Ribeiro para ouvir atentamente a apresentação feita pelos técnicos envolvidos na revisão do PDDU, e debater questões que venham a contribuir para a construção de um instrumento eficaz e democrático.

Segurança, mobilidade e saneamento urbano foram algumas das questões levantadas pela comunidade, como fez questão de ressaltar a estudante em segurança do trabalho, Sandra Cardoso Alves. "Acho importante este espaço para podermos ter a noção de nossos problemas e poder explanar aos órgãos competentes as necessidades de cada cidadão, para que fazer pela segurança, pela fiscalização no trânsito, investir no social, atender uma demanda básica que melhore as vidas dos cidadãos", diz a estudante.

O taxista José Alves de Santana anseia que a população tenha participação massiva em todo o  processo de revisão, e que a palavra final seja dela. "Espero que quando o Plano Diretor estiver sendo finalizado seja apresentado a população para que os últimos ajustes também venham a ser feitos pela comunidade antes de passar pelo crivo da Câmara Municipal. Acho bastante positivo a comunidade ser ouvida neste momento de elaboração do PDDU, mas que ela também seja, de forma democrática,  decisiva para fechar este instrumento social", conclui o taxista.  

Para o representante do Participe Aju e da Justiça Federal, Luiz Abelardo, acredita que ao abrir espaço para a população tendo espaço para expor suas necessidades fortalece a democracia e legitima o poder público a desenvolver políticas públicas. "O fortalecimento de toda instância democrática é algo sem volta e legitima ainda mais o poder público na construção de suas políticas públicas, sem contar que ouvir a comunidade, os gestores conseguem perceber o que está faltando e o que sobra. Do ponto de vista desta gestão é um avanço compara a anterior e esperamos que ao final desse processo as propostas da população sejam realmente atendidas", espera Luiz.

Já a diretora de urbanismo da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Ana Lúcia Neri, tem percebido a cada nova audiência a pressa da população para que as ações discutidas se tornem realidade a curto prazo. "Temos tido bastante contribuições, nem sempre para o Plano Diretor, mas que tem servido e muito para efeito de planejamento da cidade, como coisas que são necessárias e ações que possamos tomar para melhorar um pouco a vida imediata das pessoas, porque o compêndio visa um horizonte em uma ou duas décadas, e as pessoas não estão com vontade de esperar dez anos, elas querem resolver os problemas agora, e até mesmo este fato, também nos serve como planejamento", finaliza Ana Neri.

A terceira etapa das audiências públicas prossegue até o dia 11 de setembro. Nesta etapa, nove bairros diferentes são convidados a participar do processo de revisão do Plano Diretor. Na primeira etapa, ocorreram sete audiências envolvendo entidades representativas, na segunda foram nove discussões coletivas entre os cidadãos em diversas localidades da capital sergipana.