Equipes do Centro de Zoonozes atuam no controle da Leishmaniose

Saúde
08/09/2015 14h05

A Prefeitura de Aracaju, através do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) mantém uma programação semanal de combate à Leishmaniose Visceral. As ações desta semana serão realizadas nos bairros Santos Dumont e Palestina, e nos povoados Areia Branca e Mosqueiro. Equipes de agentes de Endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) estarão fazendo visitas domiciliares no período da manhã para a realização de controle químico, coleta de sangue em cães com suspeita de Calazar e notificação de locais propícios ao vetor.

Durante as visitas, os agentes de Endemias também informarão a comunidade sobre os riscos dessa doença, como se proteger e em casos que se note alguma ocorrência, como fazer para que donos de ambientes propícios à proliferação da Leishmaniose Visceral sejam notificados. Este ano, de acordo com dados do CCZ, na Zona de Expansão de Aracaju (Areia Branca e Mosqueiro) foram registrados casos de Calazar em cães e nos bairros Santos Dumont e Palestina, em humanos.

Leishmaniose

A Leishmaniose Visceral (LV) era uma zoonose caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. “Mas recentemente vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou um crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano. É uma endemia em franca expansão geográfica, por isso que temos um rigoroso controle, realizando sempre ações de prevenção e orientação. É uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos” é o que explica o supervisor do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral, Wilson Oliveira Santos.

A Leishmaniose é caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo. Estima-se que sejam acometidas todo ano cerca de dois milhões de pessoas. Apesar de infectar primariamente animais, o homem pode ser contaminado se estiver presente em uma área endêmica, tanto como viajantes ou como residentes.

As fontes de infecção são principalmente animais silvestres infectados, mas o cão doméstico também pode transmitir. Quando o homem é picado pelo inseto que carrega a leishmania, pode desenvolver dois tipos de doença: a Leishmaniose Tegumentar (que acomete a pele e as mucosas) ou a Leishmaniose Visceral ou Calazar (que acomete os órgãos internos). O que define se o paciente terá a forma cutânea ou a forma visceral é o tipo de leishmania que o contamina.