Secretaria Municipal de Saúde encerra campanha contra Poliomielite

Saúde
08/09/2015 17h05

A Campanha Nacional contra a Poliomielite acabou no último dia 31 de agosto, porém, a Secretaria Municipal de Saúde estendeu o prazo e encerrou a ação no último dia 4 de setembro. Mesmo com o aumento de dias ofertados, os aracajuanos não compareceram às Unidades de Saúde da Família (USFs) como o esperado. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde, para Aracaju, era vacinar 38.253 (crianças entre seis meses e menores de cinco anos), entretanto este índice chegou ao total de 35.549 doses da vacina (algo em torno de 92,93%).

Segundo a técnica do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde Aracaju, Débora Moura, desde 1989 não existe caso da doença no Brasil, mas, no mundo alguns lugares ainda são endêmicos, o que apresenta risco eminente aos não vacinados. “Atualmente, Afeganistão, Paquistão e Nigéria são considerado endêmicos, o que aumenta o risco de contágio da doença também em mais nove países vizinhos. Então, se um brasileiro não vacinado viaja para estas áreas e consome água ou alimento contaminado pode trazer a doença para nosso país. O mesmo vale para um estrangeiro doente que aporte no Brasil, poderá trazer consigo a doença também. Assim, o risco existe, por isso frisamos tanto a importância dos pais e responsáveis levarem seus filhos para a vacinação”, pontuou.

Débora ainda informou que a vacina contra a poliomielite é ofertada normalmente nas USFs, independente da campanha, mas para quem segue regularmente o calendário de vacinação infantil. “As crianças tomam a vacina aos dois meses, aos quatros e aos seis meses também, tendo dois reforços aos 15 meses de vida e aos quatro anos. Caso o pai (ou responsável) ainda não tenha vacinado seu filho deve ir até uma das 43 unidades espalhadas na capital e dar início (ou segmento) ao calendário de vacinação”, esclareceu.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, nesta campanha contra a Poliomielite, o Brasil registrou média de 87.21% de vacinação, o que mostra desinteresse em vacinar por parte de milhares de adultos em todo o país para com a saúde de seus filhos (ou equiparados). “Estamos em alerta, pois recentemente foram registrados dois casos na Ucrânia, algo que não acontecia na Europa desde 2010. O nosso receio é que a doença se espalhe pela Europa, caso isso aconteça, o contágio para o resto do mundo ocorrerá muito rápido, causando grandes transtornos centenas de pessoas”, alertou.