Comerciantes do Mosqueiro concluem qualificação sobre gestão empreendedora

Formação para o Trabalho
18/09/2015 15h02
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Todas as tardes de sábado, o cotidiano do bairro Mosqueiro é tomado pela presença da feirinha da Orla Pôr do Sol. Lá, os moradores da região expõem e comercializam seus produtos artesanais e gastronômicos, atraindo a atenção dos turistas que visitam a comunidade. O espaço tornou-se uma realidade graças ao Projeto Pôr do Sol de Aracaju, promovido pela Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo (Semict), em parceria com a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), no intuito de estimular o comércio local e gerar renda aos trabalhadores a partir dos cursos de qualificação profissional.

Um destes cursos é o de Educação Empreendedora e Financeira, que se encerrou nesta quinta-feira, 17, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Elias Montalvão, onde as aulas foram ministradas. "Agora eles vão ter outra visão de como investir e aplicar o dinheiro", afirma a monitora responsável pelo acompanhamento das atividades, Adeílde Queiroz. Ela conta que 29 comerciantes estão inseridos nas ações do projeto, participando das várias turmas já oferecidas - a exemplo de Inglês Básico e Intermediário, Atendimento ao Cliente, Boas Práticas e Manipulação de Alimentos, além dos cursos da área de artesanato.

O instrutor do curso, Ismarc Alves, diz que os alunos aprenderam noções básicas relacionadas à criação do plano de negócio e ao desenvolvimento do fluxo de caixa. "É uma forma de melhorar o ganho deles e o quanto eles podem obter de lucro. É algo que facilita a eles crescerem", acredita Ismarc, aconselhando a todos aqueles que um dia desejam se tornar empreendedores. "É tirar a ideia do papel, pôr em prática e se qualificar através dos cursos, para que a ideia dê certo", sugere o instrutor.

Impulsionando o próprio negócio

Luiz Pina tem 47 anos e há 16 desenvolve as habilidades de artesão. Ele aproveita como matéria-prima objetos reutilizáveis, transformando-os em arte. Para o aluno, além de aprendizado, as aulas possibilitaram o entrosamento e a interação com os demais participantes da comunidade. "Foi fundamental. Se eu não fizesse um curso desse, não teria um alicerce estruturado e não saberia administrar minhas finanças", avalia Luiz.

Luiza Queiroz, de 17 anos, trabalha com a tia vendendo lanches na feira. Ao frequentar o curso, ela sentiu-se estimulada a seguir o caminho do empreendedorismo. "É bom poder saber dos custos, dos lucros, porque a gente sempre acaba gastando o dinheiro com coisas pessoais, ao invés do trabalho", observa a jovem participante.

Izabel Conceição, de 54 anos, confecciona peças feitas de biscuit e E.V.A. Segundo ela, participar dos cursos de artesanato oferecidos pela Fundat fez toda a diferença no trabalho que desempenha atualmente. "Foi interessante. Fiz para entender melhor o que estou vendendo e se estou tendo ou não lucro. Não sabia fazer as contas do que eu gastava, agora espero gerenciar melhor", relata Izabel, na esperança de obter lucros para expandir o negócio.

Na feirinha, Ana Paula Rocha vende caldinhos de vários sabores. Para a comerciante, as aulas ensinaram a maneira mais adequada de administrar o dinheiro. "Sei dividir as minhas despesas, fazer o fechamento de caixa e ter o lucro pessoal. Não tinha noção, sempre gastava além do que podia, e hoje já sei como fazer", revela Ana Paula.