Violência contra a mulher é debatida na Biblioteca Clodomir Silva

Funcaju
18/09/2015 16h41
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Conscientizar para prevenir. Foi com esse objetivo que a Biblioteca Municipal Clodomir Silva, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE), promoveu na noite de ontem, 17, a palestra “Violências contra a Mulher”. Apresentada pelo Juiz da comarca de São Cristóvão, Manoel Costa Neto, a palestra contou com a participação de cerca de 60 alunos da escola particular Unificado, que puderam saber mais sobre os tipos de violência.

Costa Neto explica, que a violência destinada à mulher vai além da sexual ou da física. Existem mais de 10 tipos de ações que são caracterizadas como violência. “A mulher sofre diversos tipos de violência que inclui a física; a violência moral; institucional, quando o órgão responsável em acolher a mulher vítima de violência muitas vezes reprime, ainda mais a mulher; a violência patrimonial e a mais popular que é a sexual. Enfim, a mulher sofre atualmente muitas formas de violência e isso deve ser banido o quanto antes”, falou.

Com duração de uma hora, a palestra abordou o papel do público feminino desde a criação do mundo, avaliando o comportamento, os direitos, deveres, castigos e, principalmente, as definições quanto ao valor da mulher para a humanidade. Manoel falou que o próprio filósofo Aristóteles colocou a mulher como ser subalterno a homem, ao falar que o público feminino é criado como uma segunda opção, sendo sempre inferior ao homem.

Para Fátima Goes, diretora da unidade, abordar o tema, faz com que os jovens tenham consciência quanto aos direitos não somente das mulheres, mas de ambos os sexos. “A finalidade é mostrar que independente do sexo todo e qualquer ser humano deve ser respeitado e que os direitos valem tanto para os homens quanto para as mulheres”, finalizou. 

A palestra sobre os tipos de violência engloba as ações desenvolvidas pelo Conselho da Mulher, através do TJSE, que inclui ainda a exposição do artista visual Antônio Cruz, intitulada “Gênese à Liberdade”. A mostra, que também fez parte da programação da noite, ficará aberta ao público na unidade até o dia 02 de outubro.