Cultura Indígena foi o tema do segundo dia de jornada de estudo no Centro Cultural de Aracaju

Cultura
25/09/2015 15h20

Na manhã desta sexta-feira, 25, estudantes e defensores da cultura indígena se reuniram no Centro Cultural Cidade de Aracaju (antiga Alfândega), unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), para participar do segundo dia de jornada de estudo. O evento faz parte da 9ª edição da Primavera dos Museus, realizada pelo Ibram em todo o Brasil, que escolheu para este ano o tema ''Cultura Indígena, Memória e Educação''.

Janaina Couvo, museóloga do Centro Cultural, conta que esse evento faz parte de uma programação nacional, que discute cultura Indígena e por esse motivo foi organizada uma roda de estudos para discutir a relação ente a educação e a preservação da memória. ''É muito importante realizar eventos como esse, que aborda temas e trabalhados tão pouco vistos em nosso cotidiano. O objetivo da roda é de falar sobre a preservação, debatendo também as dificuldades enfrentadas pelos índios'', afirmou.

Visando aprofundar e provocar um debate em torno do tema, os palestrantes conduziram os presentes a uma viagem à diversidade cultural indígena. O evento contou com a presença da professora Beatriz Góis Dantas, Universidade Federal de Sergipe, que abordou o tema ''Índios em Sergipe''. A pesquisadora abriu o debate falando sobre a diversidade indígena ressaltando a parte histórica, desde o descobrimento do Brasil até a atualidade.

"Existem no Brasil cerca de 900 mil índios, totalizando 0,4% da população brasileira e ainda assim acredita-se que eles são iguais, mesmo residindo em áreas e pertencendo a tribos diferentes. São mais de 200 povos habitando em quase todos os estados brasileiros, o que confirma há existência de uma diversidade imensa", explicou.

Já Clóvis Carvalho, professor da Universidade Federal de Sergipe, foi o segundo a palestrar trazendo o tema ''Culturas Indígenas e a preservação da memória''. Segundo o professor a cultura indígena está viva e presente na vida das pessoas, elas são dinâmicas e tem uma série de contribuições para a sociedade. "As pessoas acham que a cultura indígena está morta, quando na verdade ela está viva e se faz presente em diversas situações, mas para isso é necessário termos um olhar mais atento", completou.

A manhã foi encerrada com a palestra do professor Fernando Aguiar, da Faculdade Maurício de Nassau, com a discussão sobre a Lei 11.645/08, que aborda a obrigatoriedade do ensino de cultura indígena.  O evento que aconteceu no Teatro João Costa, lotou durante os dois dias, 24 e 25, sendo considerado sucesso de público. A programação segue com a exposição "Folclore Sergipano", do artista Adilson Andrade, até o final de outubro na sala Museu Cidade de Aracaju Prefeito Viana Filho.