PSE e Academia da Cidade realizam ação contra o tabagismo na EMEF Manoel Bonfim

Saúde
25/09/2015 17h54

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos fumantes se iniciam no vício entre os cinco e os 19 anos de idade, ou seja, em idade escolar. Isso demonstra a grande responsabilidade que requer a união da escola, dos pais e professores na luta contra o tabagismo, que causa cerca de cinco milhões de mortes anualmente no mundo. Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio dos Programas Saúde na Escola (PSE) e Academia da Cidade, realizou uma roda de conversa com cerca de 80 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Manoel Bonfim, no bairro Bugio, para falar sobre a importância da atividade física e sobre os malefícios do cigarro.

Na ocasião, os alunos assistiram vídeos e slides sobre vários assuntos relacionados ao uso do tabaco, além de realizarem atividades lúdicas. Segundo a coordenadora do programa Saúde na Escola (PSE), Aline Barros, as ações são desenvolvidas pela equipe de saúde das Unidades de Saúde da Família (USF) e com a parceria dos profissionais da educação e diversos outros programas da saúde. "As equipes de saúde e da educação irão realizar atividades até o final do ano. As ações realizadas nas escolas possuem três componentes básicos: o primeiro é que realizamos avaliações clínicas nos estudantes, o segundo envolve ações de prevenção e promoção à saúde e o último componente envolve as capacitações para os profissionais da saúde e da educação que atuam no PSE", disse.

Toda criança deve aprender desde cedo os males causados pelo consumo ou pelo contato com a fumaça do cigarro. O tabagismo é a principal causa de morte evitável do planeta. Mesmo assim, a OMS calcula que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhão de pessoas, seja fumante. No Brasil, 200 mil mortes por ano são causadas pelo cigarro, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

Segundo a professora da Academia da Cidade, Andréia Evangelista Mota, do polo Bugio, que realizou as atividades com os alunos, na maioria das vezes, os adolescentes querem se firmar e as crianças costumam imitar o que os adultos fazem. "A maioria começa a fumar como um ato de afirmação comportamental, para ser aceito no grupo de amigos, para se sentirem "homens", outros porque veem casa os pais, tios, ou seja, os familiares fumando e isso se torna um hábito normal", ressaltou a professora.

Atividades

Durante o evento, a professora Andreia Evangelista e o professor de Educação Física da escola Manoel Bonfim, Alex Sander, conduziram a ação usando um vídeo bastante sensível e slides, mostrando os benefícios das atividades físicas e depois relatando os malefícios do cigarro. "Fizemos uma atividade na quadra, onde o aluno que estava com a bola devia dizer algum mal que o cigarro faz e os alunos interagiam relatando suas historias e opiniões, praticando de certa forma, uma atividade física e principalmente a conscientização de que cigarro não traz bem nenhum", relatou.

Na ação, os professores também passaram slides que falavam sobre pessoas fumantes, fumantes passivos e de como eles podem aconselhar os pais. "Nós mostramos nos slides o quanto é gasto com uma carteira de cigarro, fizemos eles refletirem que o dinheiro gasto em um ano, se for somar, dá até para realizar sonhos da família", ponderou o professor Alex Sander.

"Hoje nós trabalhamos com os alunos nas idades que costumam ser muito influenciados, queremos resgatar essas crianças para elas perceberem que o cigarro pode ser a porta de entrada para outras drogas. Elas precisam sair daqui sendo semeadores e multiplicadores para convencer os pais, amigos e familiares que o cigarro só traz o mal a saúde, ao bolso e aos fumantes passivos", finalizou a professora Andreia Evangelista.

Ajuda para parar de fumar

A Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde, mantém o Programa Municipal de Controle do Tabagismo. Quem deseja parar de fumar, pode se inscrever no Cemar do Augusto Franco. Basta comparecer com documento de identidade e cartão do SUS para realizar a entrevista, que passa por uma análise, uma avaliação médica e psicológica, e em seguida é encaminhado para o tratamento.  "Para os pacientes que necessitam de medicamentos, como adesivos e a medicação Bupropiona, a SMS disponibiliza a medicação gratuitamente", explicou a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, Roberta Alves.