O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE) recebeu, no final da tarde desta quinta-feira, 15, o Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. O ministro recebeu autoridades do cenário político, onde autografou e fez palestra sobre o seu livro Governança Pública ‘O Desafio do Brasil'. O vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado, representou o Prefeito João Alves, onde cumprimentou o ex-colega parlamentar.
O livro, que está sendo lançando pelo ministro Augusto Nardes e entra na segunda edição contém 500 páginas, que mostram os gargalos da nação em questionamentos como o funcionamento do país, a qualidade da educação do Brasil, boa segurança, infraestrutura, saúde, entre outros.
O vice-prefeito, José Carlos Machado, lembra que foi colega de Nardes e que votou nele quando candidato a presidente do Tribunal de Contas da União. "Hoje temos uma iniciativa inédita, onde pela primeira vez se rejeita as contas de um presidente da república. Primeiro porque o Tribunal tem um lado político muito forte, mas o fato é que a Dilma, em 2014, abusou do poder. Ela fez coisas que agridem o bom senso e o Nardes com o seu discernimento não teve dúvida nenhuma. Ele opinou pela rejeição das contas e o seu voto foi acompanhado, por unanimidade, pelos membros do TCU. Espero que isso sirva de exemplo para os administradores de hoje e para os do futuro. Os Tribunais de Contas tem um papel relevante em todo o país, seja é ele da união ou do estado. São estes tribunais que recebem as contas de todos os gestores. É uma explicação de como se gasta o dinheiro público, dinheiro que está escasso ultimamente. Eu vim representar o prefeito nesta solenidade e vim com muito prazer, pois conheço a capacidade e o espírito público que Nardes é detentor, afirma.
Segundo o ministro Augusto Nardes o país passa por um momento muito difícil. "Estamos com alguns estados em situação crítica para pagar as contas, especialmente a folha de pagamento dos funcionários. Isso é em decorrência da falta de boa governança como um todo, não só nos estados, mas na União. Este momento é importante para que possamos sinalizar para o Brasil de que é importante transparência nas contas e que é necessário que a gente faça um trabalho em prol da nação através das instituições", afirma.
O ministro ainda lembra que o Brasil tem milhões de brasileiros que dependem do Bolsa Família, que é importante, mas é importante investir mais na geração de emprego e distribuir renda. "Esta abordagem, que faço no livro tem o objetivo de mostrar que precisamos de um projeto de nação, um projeto para o país e que possa contemplar uma mudança como forma ordenação. Temos que melhorar a competitividade da nação. Hoje temos grande dificuldade para exportar os nossos produtos. Toda a vantagem que conseguimos entre o dólar e o real, lá atrás, foi perdido. Hoje o dólar está valendo quatro para um e isso é perda de credibilidade e confiança da nação. As contas precisam estar bem arrumadas, ou os investidores não apostam em países sem equilíbrio e sem instituições funcionando", reforça.
Para o presidente do Tribunal de Contas, Carlos Pinna, o ministro Augusto é um velho amigo da casa e a vinda dele foi uma mobilização feita entre a federação das indústrias do estado de Sergipe e a Instituto Augusto Franco. "Estamos aqui para ouvir sobre governança pública, que foi o tema do seu livro, que também foi autografado hoje. A parte mais nova e importante são os dados do seu julgamento das contas do governo da república. Isso nos deixa muito felizes, porque, praticamente, em primeira mão ele vem nos brindar com estas informações do TCU", declara.
O ex-governador Albano Franco lembra que a palestra visa, através de um personagem importante para o Brasil, que é o ministro Nardes, dizer aos homens públicos do estado como administrar os recursos. "Nós e o presidente do Tribunal de Contas, Dr. Carlos Pinna, convidamos os ministro para nos dar essa lição para todos os convidados, que ficaram ansiosos para ouvi-lo. Uma pessoa muito requisitada de palavra e uma pessoa que tem honradez no que fala sobre gestão pública", ressalta.
