Crianças se encantam com peça teatral Ananse, uma lenda africana

Cultura
16/10/2015 17h24

“Fiquei surpresa. É uma forma inovadora de se contar história”. A expressão é da professora Fátima Teles, que acompanhou os alunos da Escola Dom Helder Câmara ao Centro Cultural de Aracaju, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), local onde está sendo realizada uma vasta programação em comemoração ao Mês das Crianças. Nesta tarde, 16, a garotada assistiu ao espetáculo “ Ananse, uma lenda africana”.

O espetáculo retratou as lendas africanas e está voltado para o público infantil, mas a contação de estórias também chama a atenção dos adultos pelo conteúdo do texto, os efeitos sonoros e a interação dos atores que também tocam instrumentos musicais e cantam. O texto traz uma mensagem demonstrando que a inveja não é saudável, que a sabedoria é importante diante de decisões. Isso tudo, dentro dos contos da mitologia e a vivência afro-brasileira.

O espetáculo leva a assinatura de Maia Produções Artísticas. A direção e adaptação do texto é de Rita Maia. Entraram em cena os atores Júlia Caianara, Alan de Xangô e Rita Maia.

 

Surpresa

Em meio a olhares de surpresa e risos de alegria, os garotos na faixa etária entre três e cinco anos de idade, assistiram ao espetáculo e interagiram com os atores. Alguns se sentiram artistas diante do experimento de tocar um tambor ou ainda, contracenar.

“As bolhas de sabão foram lindas”, enfatiza Maria Klara Ribeiro, cinco anos, lembrando que também “amou”, a menina que queria enganar o velho. “A menina inteligente ficou com o ouro e a ambiciosa não ganhou nada”, relatou.

Após o término do espetáculo, o pequeno Luiz Fernandes, cinco anos, não parou de falar, relembrando os personagens, tentando caracterizá-los, principalmente o personagem do velho que entortava o corpo para poder se expressar. “O velho foi muito engraçado. Ele não era ruim. Só queria ajudar as meninas, mas uma não conseguiu nada”, contou.

Já Vitória Balbino Conceição, afirmou que gostou dos instrumentos musicais. “A moça que tocava violão era linda e o som do tambor dava vontade de dançar”, registrou.

Para a professora Fátima Teles, que ministra aulas para o curso infantil, o espetáculo abriu novos horizontes para as crianças. “Eu sempre conto estórias para os meus alunos, mas daquela forma não. É inovador e ajuda a potencializar a imaginação de cada um”, confirmou.