Na manhã desta quarta-feira, 21, foi dado início à Capacitação sobre Violências Interpessoal/Autoprovocada para Profissionais de Saúde, no auditório da Escola Municipal Presidente Vargas. Promovida pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o evento reúne até amanhã à tarde, 22, mais de 200 pessoas envolvidas em órgãos e instituições que trabalham com minorias sociais, como gays, lésbicas, negros e mulheres. Antes de começar a capacitação, houve momento de humanização com o “Sons do SUS”, do Núcleo de Projetos Inovadores (Nuprin).
O evento é uma iniciativa do Núcleo de Prevenção de Acidentes (Nupeva), que integra a Coordenação de Promoção a Saúde (Cops), sob a coordenação da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS). O encontro traz a proposta de gerar uma maior sensibilização dos profissionais de saúde quanto à importância da notificação de violências e sua abordagem nos diversos espaços de atuação, bem como o papel significativo que a área da saúde desempenha nessa questão.
Para Cristiane Ludmila, coordenadora do Programa Saúde da Mulher, o interessante dessa capacitação é que este tipo de violência, está sendo vista por uma outra ótica, a pessoal. “Praticamos a violência verbal ou com ações pessoais no nosso dia a dia e às vezes não temos nem mesmo essa consciência. Lembrando que os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher começa no próximo mês e desta forma já iniciamos as atividades de sensibilizar nossos colegas na discussão deste tema que precisamos dialogar constantemente".
“A proposta é sensibilizar as diversas redes envolvidas na saúde e que podem atender uma vítima de violência”, enfatizou Maria Antônia Maia, coordenadora do Cops. “Estamos aqui para, discutir, conhecer os instrumentos legais, os protocolos que devem ser adotados, qual o papel de cada órgão aqui envolvido e desta forma enfrentar este problema que representa terceira causa de morte no Brasil e a primeira entre jovens, que é a violência”, complementou.
De acordo com Lidiane Gonçalves, referência técnica do Nupeva, este é um momento de reunir os profissionais de saúde das diversas categorias afim de sensibilizá-los a respeito da importância da ficha de notificação de violência. “É preciso não só notificar, qualificar e quantificar, pois isso norteia nossas ações. Precisamos saber o que está acontecendo, é necessário conhecermos quem tem sido mais atingido e qual a causa para intervirmos com a prevenção”.
Em sua fala durante a abertura do evento, a diretora da DVS, Tereza Cristina Maynard, destacou que é extremamente gratificante ver toda a coordenação engajada em um projeto que de fato trará resultados nas mais diversas áreas de saúde. “Todos que estão aqui estão desfrutando da oportunidade de agregar novas informações e participar de discussões que otimizará os trabalhados de cada um, dentro de sua atividade”.
