Funcaju promove espetáculos culturais durante a Flise

Cultura
09/11/2015 16h43

O Parque Governador Augusto Franco, mais conhecido como Parque da Sementeira, se transformou neste último final de semana em palco para a diversidade cultural. A I Feira da Leitura e do Livro de Sergipe (Flise), contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju, que por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) promoveu nos três dias de evento diversas apresentações artísticas.

A Flise, que iniciou na última sexta-feira, 06, contou com a apresentação do grupo Renantique, onde acompanhados do grupo Interpsicoli Danças Antigas, apresentou ao público um pouco das músicas e danças renascentistas. No sábado foi a vez dos pequenos se encantarem com a peça teatral Ananse.

"Ananse, uma lenda Africana" retrata sobre contos africanos, adaptados pela atriz Rita Maia, a realidade afro-brasileira. É uma contação de histórias envolvendo diversos personagens que trabalham questões como honestidade, sabedoria, a inveja que não deve prevalecer, entre outras questões que levam tanto a criança como o adulto ao mundo imaginário. A receptividade do público foi notada porque existia ali um diferencial na forma de se contar histórias.

Os atores Rita Maia, Julia Caianara e Alan de Xangô, se diversificam na contação dos contos, onde eles cantam, dançam, tocam instrumentos de percussão e cordas. Os efeitos sonoros deram um brilho diferente à apresentação, deixando o público entusiasmado com a sequência das lendas.

Cada um se acomodou da melhor forma possível. Muitas crianças preferiram deitar-se e aproveitar a contação de estórias. Os adultos sentaram-se no gramado ou permaneceram em pé para visualizar melhor as crianças. “Voltei a minha infância. É impressionante como os atores chamam a atenção das crianças e surpreendem o público adulto”, afirmou a dona de casa Bruna Menezes Santos, que levou a filha ao evento.

Bruna destacou que os atores conseguem transformar a apresentação em algo mágico, colhendo olhares de espanto, sorrisos e várias outras expressões. “A gente também embarca na imaginação e, confesso, foram momentos muito agradáveis. É diferente”, informou.

Miguel Estevan Nascimento, 9 anos, disse que se divertiu muito com a contação de estórias. “A menina quis enganar o velho e não conseguiu porque era muito invejosa. É uma lição para pessoas que desejam o que não lhe pertence”, esclareceu, afirmando que a atriz Rita Maia fez muito bem o papel do velho. “Ela se entortava toda e mudava a voz. A gente acha que é um velho de verdade”, disse.

Já o último dia de Feira foi dedicado às apresentações do grupo de Chorinho Carinhoso, que trouxe para o público um repertório recheado de composições de Noel Rosa, Cartola e Pinxinguinha e a apresentação do grupo folclórico Guerreiro Mocidade.