A Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas) lançou, na última semana, um projeto piloto com o objetivo de capacitar todos os trabalhadores envolvidos nos serviços de acolhimento institucional no que se refere ao acompanhamento de crianças e adolescentes que adentram os abrigos de Aracaju com histórico de uso de substâncias psicoativas. O foco é capacitar os trabalhadores da assistência para que eles aperfeiçoem o atendimento junto a esses usuários.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da equipe do Programa de Redução de Danos (PRD) e do Centro de Assistência Psicossocial (Caps), o projeto piloto teve início no Abrigo Caçula Barreto, unidade que acolhe crianças e adolescentes de 7 a 17 anos sob medida protetiva. Cerca de 20 trabalhadores do equipamento foram capacitados pela equipe de redução de danos da SMS nos últimos dias 10 e 11 de novembro.
“Este projeto foi uma construção coletiva de duas políticas: a assistência e a saúde. Nós, da assistência, construímos um fluxo de atendimento que tem como primeira ação a capacitação dos trabalhadores para que eles possam identificar momentos em que o adolescente deseja fazer o uso de SPA, como lidar e para que eles reconheçam e se aproximem dessa temática”, destacou a assistente social, Fernanda Santana, membro do núcleo técnico da Semfas.
Antes de dar continuidade ao serviço nos outros equipamentos, Santana explicou que a finalidade é fortalecer o fluxo de atendimento dentro do Abrigo Caçula Barreto, aproximando a unidade da equipe de saúde especializada em danos, a fim de que os trabalhadores possam contar de forma contínua com o redutor de danos da área.
“Quando falamos de medida de proteção que é o acolhimento, temos que fazer a proteção dessas crianças e adolescentes. Se eles manifestaram o uso de drogas no momento em que chegaram ao acolhimento, precisamos conhecer para tratar. Por isso, faremos o fortalecimento desse fluxo antes de chegar às demais unidades de proteção social especial”, afirma a assistente social, lembrando que a ação foi pensada a partir de demandas proveniente de processos e reuniões com o Ministério Público e Tribunal de Justiça de Sergipe.
Núcleo Técnico
Desde maio deste ano, a Semfas dispõe de um núcleo técnico composto por assistente social, psicólogo e advogado. O núcleo surgiu com a finalidade de acompanhar e assessorar os técnicos nos casos oriundos dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) de Aracaju que têm a intervenção do Ministério Público e Tribunal de Justiça.
“Nossa demanda é gerir, acompanhar e assessorar esses casos, fazendo visitas aos equipamentos, emitindo relatórios e conversando com os técnicos. Mas também temos nos inserido em outras demandas no que se refere ao fluxo dos serviços para consolidar e fortalecer a política de assistência social”, esclarece a psicóloga Ana Almeida, membro do Núcleo.
