Três casos suspeitos de microcefalia não foram confirmados em Aracaju

Saúde
04/12/2015 17h56

Dos 17 casos de microcefalia notificados inicialmente em Aracaju, sete já passaram pela investigação e três não foram confirmados. A Comissão de Monitoramento e Acompanhamento dos Casos de Microcefalia, criada pela Secretaria Municipal da Saúde esteve reunida na manhã desta sexta-feira, 4, com representantes do  Ministério da Saúde (MS), que estão fazendo a investigação dos casos, em conjunto com a SMS.

Até segunda-feira, mais quatro casos de microcefalia serão investigados pela equipe em Aracaju: dois estão agendados para este sábado, 5, e mais dois na segunda, 7. De acordo com a diretoria de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard, houve uma alteração do questionário elaborado pelo MS. “Estamos realizando visitas às residências de cada criança. Estávamos com 17 casos notificados e agora já são 25 em Aracaju, mas destes, três foram descartados”, explicou.

As ações desenvolvidas pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, estão sendo intensificadas, bem como a de investigação dos casos de microcefalia – malformação congênita que tem como uma das causas o Zika Vírus -, a atenção às crianças que nasceram com a doença, bem como às gestantes.

O teste para detecção do Zika Vírus disponível no país é a virologia. Os pacientes com sintomas da doença são encaminhados ao Centro de Especialidades Médicas (Cemar) Siqueira Campos, ao setor em que realiza a coleta do sangue e encaminha ao Laboratório Central (Lacen) Sergipe. O sangue coletado é centrifugado no Cemar e enviado ao Lacen, que o encaminha ao Instituto Evandro Chagas (IEC) no Pará, cujo prazo de retorno é em média 20 dias. O Estado de Sergipe já enviou os técnicos para o Pará, para serem treinados, com o objetivo de realizar esse exame em Aracaju, no Lacen Sergipe, que facilitará muito o trabalho.

A SMS decretou no dia 30 de novembro, situação de emergência de saúde pública devido ao aumento dos casos de microcefalia. Dentre as medidas adotadas está o protocolo de atendimento às gestantes, através das Unidades de Saúde da Família, com a realização dos exames necessários durante o pré-natal e inclusive a distribuição de repelentes. Também foi definido protocolo de atendimento aos bebês com microcefalia, desde a investigação das causas até o apoio das consultas especializadas, exames e serviços recomendados para o acompanhamento de cada um deles.

O combate ao mosquito também já foi ampliado, com a participação dos agentes Comunitários de Saúde, além dos agentes de Endemias. Já neste sábado, 100 estarão em campo, com estimativa de fazer 2 mil visitas no Santa Maria, entre residências, lojas e terrenos.

Material educativo também já está sendo distribuídos com a população, através de ações desenvolvidas pelas equipes de cada Unidade de Saúde da Família. As informações à população serão intensificadas também através de campanhas publicitárias.