Aula encenada ministrada por Moncho Rodriguez atrai profissionais de várias áreas

Funcaju
11/12/2015 09h31
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Atores, bailarinos, jornalistas, publicitários, estudantes e profissionais de diversos segmentos participaram na tarde de ontem, 10, do segundo dia de aula encenada, ministrada pelo diretor artístico Moncho Rodriguez. Foi um aprendizado para pessoas que são ou desejam ser ator ou atriz. Aprender a respirar corretamente, visualizar “olho no olho”, buscando o interior da alma e, aliado a tudo isso, a coordenação motora, foram pontos importantes da aula. A iniciativa dessas aulas é da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) e acontecerão até sábado, dia 12, no Centro Cultural de Aracaju, prédio da antiga Alfândega.

No primeiro dia de aula, Moncho Rodriguez levou os participantes a perceberem o universo do teatro. “O teatro é uma celebração entre o brincante e o seu espectador. O que é importante é o prazer que ele dá”, lembrou, destacando que quando trabalhamos com o nosso imaginário, nós nos transformamos. “O compromisso do ator contemporâneo é com o universo”.

Na oportunidade, Rodriguez destacou que o ator aprende múltiplas linguagens, mas, no entanto, o mais difícil é construir sua alma. “O ator é apenas um suporte físico de uma personagem. O ator tem que desaparecer e ficar a personagem. Ele torna-se invisível. Para ser um ator, é preciso que mergulhe nas entranhas”, afirmou.

“Olhar e se deixar ser olhado”. A primeira vista, pareceu estranho para os participantes, mas no decorrer do exercício, perceberam o quanto é difícil se permitir e se auto visualizar no outro. As sensações possibilitaram ao grupo o aprendizado quanto à concentração e direcionar o olhar para um foco.

Na aula também foram realizados exercícios que buscaram pontos do corpo onde se concentravam focos, a energia, a força para deixar expandir o potencial de cada um. “É preciso a preparação do corpo, uma ferramenta imprescindível para depois exercitar a alma”, contou.

O equilíbrio. O ator precisa tê-lo para desempenhar a profissão e, como numa corda bamba, os participantes da aula usaram o imaginário, visualizando sempre a respiração. Ainda, foi possível sair do cotidiano, lembrando que o corpo vai dar vida ao personagem.

 

Expectativas

 

O ator Roney David, 26 anos, definiu a aula como espetacular. “Já conhecia o trabalho de Moncho. Ano passado participei de algumas aulas. Desta vez, foi suficiente para entender o universo em que faço parte”, confirmou.

Já a atriz e artesã Joana Hevilin Nascimento Oliveira, 20 anos, disse que estava no Ceará quando recebeu a informação que Moncho estaria em Sergipe. “Não perdi tempo. Fiz a minha inscrição e valeu a pena. Aprendi a ter um foco maior quanto aos meus objetivos”, declarou.