Jovens desenvolvem jogos digitais e se inserem no mercado de games

Formação para o Trabalho
14/12/2015 08h47
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Na última sexta-feira, 11, o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV), situado no Centro Cultural de Aracaju, recebeu a apresentação de quatro jogos digitais desenvolvidos pelos alunos do curso de Desenvolvedor de Games (200h). As duas turmas - manhã e tarde- foram oferecidas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas). As aulas aconteceram desde o mês de setembro, graças ao Programa de Gratuidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

A presidente da Fundat, Gláucia Guerra, prestigiou a demonstração dos jogos e agradeceu o empenho do Senac e da Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp), em proporcionar a realização de mais um projeto que beneficia os jovens aracajuanos.  Além disso, ela os parabenizou pela execução das etapas de produção dos games, reforçando a importância do trabalho em equipe. "Vocês [alunos] são vitoriosos e estão de parabéns. As equipes foram divididas e cada um teve um papel importante no desenvolvimento desses jogos. Essa é uma área em ascensão", afirma Gláucia.

Representando o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, o secretário Carlos Eloy, da Sejesp, salientou a necessidade da manutenção constante do aprendizado, visando ao aprimoramento profissional. "Não parem por aqui. Nesse mundo globalizado e de competição, cada vez mais a qualificação é o diferencial no mercado de trabalho", diz Eloy, desejando sucesso aos participantes do curso. Para a gerente de educação profissional do Senac, Dayse Prado, este é o momento de apreciação do resultado de meses de estudos e dedicação. "É um trabalho que merece ser apresentado, porque vocês se dedicaram", ressalta Dayse.

Campo promissor

Os jogos digitais foram criados com base nas temáticas de Meio Ambiente e Reciclagem, Conhecimentos Gerais, Prática de Boas Maneiras e Língua Brasileira de Sinais (Libras). De acordo com o professor Fábio Gondra, o curso é formatado em quatro partes: lógica, modelagem, programação e máquina do jogo, responsável pela formatação total do game. "Foram preparados quatro jogos que partiram da ideia deles. A única participação minha foi querer que pensassem em jogos educativos, baseados em sustentabilidade de um modo geral", explica Fábio, realçando o crescimento deste setor. "Talvez seja o único setor que foi de encontro com a crise, dando 13% de lucro", comenta.

O aluno Elisalvo Alves, de 32 anos, é professor universitário e acredita que os games podem servir como ferramentas adicionais a serem utilizados em sala de aula, tanto no ensino básico como no superior. "Foi excelente, porque é outro universo, é um mundo completamente diferente. Na verdade, você aprende se divertindo, porque você está fazendo algo que requer muita criatividade e conhecimento prévio de lógica e design. É multidisciplinar", relata Elisalvo, empolgado com a oportunidade alcançada. "Certamente vou produzir de forma independente", conclui.

A perspectiva de progresso do setor foi o que mais estimulou Miclei Cardoso, de 34 anos, a escolher o curso. "Eu vi que o mercado está promissor para essa área e está faltando profissionais que vislumbrem o futuro dos jogos", informa Miclei, satisfeito com a experiência. "Nós tivemos não só a parte de entretenimento, mas de design, física, matemática e descobrimos que temos vários leques como a parte de educação ecológica", explica.