Feiras são padronizadas e caem no gosto de feirantes e consumidores

Os 30 anos de feira valeram à dona Neilde Araújo uma vasta experiência no ramo. Seja em Aracaju ou em cidades do interior, a feirante tem propriedade para falar sobre as mudanças que vêm sendo feitas nas feiras aracajuanas, já que pode fazer a comparação. Nesta terça-feira, 16, a feira onde ela possui sua barraca, no bairro Getúlio Vargas, se tornou padronizada, o que agradou, não só a ela, mas aos consumidores locais.

“Venho do interior vender meus produtos aqui. Agora o espaço está mais arrumado, dá mais gosto de vir vender aqui e percebo que a clientela tem gostado também. As mudanças deixaram a feira com uma cara mais organizada”, comentou ela, ao atender um dos consumidores de seus produtos vindo do interior.

Essa padronização vivida na feira do Cirurgia, próxima à Escola Técnica, é a realização de um desejo que começou a ser projetado em maio deste ano, quando o prefeito João Alves Filho assinou a ordem de serviço para um novo modelo de feira livre na capital. Com isso, ganha o feirante, que pode trabalhar em um local mais limpo e organizado, e ganha o freguês, que pode desfrutar de alimentos dispostos em um ambiente mais higienizado.

Bem em frente à bancada onde dona Neilde chama seus clientes, trabalha Lêniton Macedo. Atrás de um freezer cedido pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), ele comercializa diversos tipos de carnes, estes que agora recebem a refrigeração adequada. “Tenho mais de 25 anos trabalhando em feiras e com essa padronização percebo que posso vender mais, já que aquilo que vendo está sendo mais bem cuidado do que antes”, frisou ele.

Quem também gostou da mudança foi a dona Lídia Freire, freguesa da feira há anos. “Já começou que mudou o local da feira. Agora está mais espaçoso e organizado. Antes ficava perto de um canal, então, já daí vejo o lado positivo. Além disso, vejo a limpeza e percebo que os feirantes também estão satisfeitos, afinal, não posso ver só o meu lado”, comentou enquanto escolhia entre uma fruta e outra.

Um pouco distante do bairro Cirurgia, outra feirante contente foi a Auxiliadora Chagas. Ela também é daquelas com anos no ramo e agora arma a sua barraca padronizada no conjunto Dom Pedro, no bairro José Conrado de Araújo. Para ela, a mudança só veio a favorecer quem compra seus produtos. “Antes tínhamos alguns problemas quando chovia, por exemplo. Às vezes a lona furava ou então o que cobre a barraca estragava. Agora, com a padronização, acredito que não teremos mais esse tipo de problema”, contou ela.

Marcele Soares passou a frequentar a barraca há pouco tempo, mas, dona de casa que é, já conheceu outras e hoje sabe que a qualidade das feiras em Aracaju tem melhorado. “Está mais adequada. Antes tinha um ar de bagunça. Agora venho fazer a feira com gosto”, destacou ela.

Ao longo das semanas outras feiras da capital serão padronizadas. O intuito é trabalhar para que, até janeiro, 34 feiras estejam remodeladas, bem como está nos planos da administração municipal.