Semfas realiza I Feijoada do POP para pessoas em situação de rua

Família e Assistência Social
18/12/2015 09h10
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A Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria da Família e da Assistência Social (Semfas), promoveu a I Feijoada do Centro Pop, nesta quinta-feira, 17, com pessoas em situação de rua que são usuárias do serviço. O evento reuniu mais de 70 moradores de rua, além de autoridades, no parque da sementeira.

Prestigiando o evento, a secretária municipal da família e da assistência social, Maria do Carmo Alves, aproveitou a ocasião para abraçar cada um e lembrar da importância de reconhecer o morador de rua como sujeito pleno de direitos.

“Eu vim a este almoço para dar um abraço em cada um e lembrar que vocês podem contar com os serviços do Centro Pop. Lá, vocês podem fazer diariamente a higiene pessoal (tomar banho e escovar os dentes), ter acesso à alimentação em um restaurante popular, entre outras ações para o resgate da cidadania”, destacou.

Também prestigiaram o evento o Presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos, João Paulo Sobral; a Secretária Municipal da Defesa Social e da Cidadania , Georlize Teles, o diretor geral da Guarda Municipal, coronel Enilson Aragão; a consultora extraordinária para assuntos governamentais da Semfas, Maria Selma Mesquita; a diretora de assistência social, Ângela Acácia; coordenadores e servidores do Centro POP.

Reconstrução de vida

Para a coordenadora do Centro-Pop, Lucimeire Amorim, a unidade vem cumprindo seu papel no que se refere à reconstrução de vida das pessoas em situação de rua da capital. A coordenadora observa também que, em Aracaju, a maior parte dos moradores de rua são provenientes de outros estados ou municípios.

“É preciso entender que estar em situação de rua é uma condição que é temporária ou permanente. Quando uma pessoa ultrapassa os dois anos como morador de rua é mais difícil a reinserção comunitária e familiar, por isso buscamos não prolongar esse tempo e ajudamos, através de um Plano Individual de Atendimento (PIA), a fazer a reconstrução de vida da pessoa. Geralmente, as pessoas ficam na condição de rua devido às drogas, o álcool, a conflitos familiares ou ao desemprego. Mas em Aracaju temos um número grande de migrantes, pessoas que vêm à nossa capital em busca de melhores condições de vida e acabam ficando na rua”, afirma a coordenadora.

A usuária do POP, Neusa Oliveira, está em condição de rua há cerca de dois anos, após a morte de um irmão. “Depois que mataram um irmão meu, eu fugi de onde morava e a rua passou a ser minha casa. Moro por ali pelo Centrão há quase dois anos. Estar na rua é bom, só que também é ruim. Pela violência, sabe? É bom lá no POP porque eles tratam a gente como gente.  A gente toma banho lá todos os dias e pode até tirar os documentos”, afirma a usuária.