Agentes de Endemias realizam visitas a cada 15 dias nas Unidades de Saúde

Saúde
30/12/2015 16h15

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Municipal de Controle da Dengue, informa que todas as Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital são visitadas pelos agentes de endemias a cada 15 dias, para verificação de criadouros e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika Vírus e da Febre Chikungunya.

De acordo com a coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, em Aracaju, as unidades de saúde são pontos estratégicos, locais que precisam fazer a visita regularmente a cada 15 dias.  “É um controle que fazemos separadamente, pois esses locais existem uma probabilidade maior de ter criadouro do Aedes. Os locais mais comuns de pontos estratégicos são ferros velhos, cemitérios, borracharias e locais que armazenam material para reciclagem, que estão direcionados à encontrar focos por conta da condição de trabalho desse locais”, informou.

A Prefeitura de Aracaju também adotou alguns espaços como pontos estratégicos por conta da possibilidade de transmissão da doença. “Existem locais, como hospitais, unidades de saúde, escolas e locais com pessoas privadas de liberdade, ou seja, os espaços que há um aglomerado de pessoas, que, se tiver um único mosquito, pode transmitir para várias pessoas. O programa adotou esses lugares como pontos estratégicos, e o supervisor da área é quem faz essas visitas regularmente”, acrescentou Taíse.

Nesses pontos estratégicos também são aplicados inseticidas nas paredes dos locais. “Chamamos essa aplicação de perifocal e essa é uma ação que precisa ser realizada nesses locais porque encontramos focos repetitivos. A equipe da Zoonose é que faz a aplicação para o controle desses espaços, que são todos cadastrados”, disse a coordenadora. 

USF Elizabeth Pita

Durante essa semana a Unidade de Saúde da Família (USF) Elizabeth Pita, localizada no bairro Santa Maria, teve a tampa da caixa d’água furtada e ocorreu uma denúncia de que haveria focos do mosquito Aedes Aegypti no local. Segundo Taíse Cavalcante, foram encontradas larvas do mosquito Culex, conhecido popularmente como pernilongo ou moriçoca.

A última visita realizada pelos agentes de endemias nessa unidade foi no dia 24 de dezembro e foi encontrada a caixa d’água ainda com tampa e também não tinha nenhum problema. Porém, nessa semana, por conta da unidade está fechada para realizar a demolição e reconstrução, a tampa da caixa d’água foi furtada e, em apenas um dia com a caixa aberta, já houve perigo de proliferação. “Os supervisores retornaram ontem, 29, na unidade e só encontraram larva do Culex, e para que não haja proliferação de mais mosquitos, colocamos outra tampa na caixa”, frisou a coordenadora.

A água é um meio de desenvolvimento de vários mosquitos, não só do Aedes e, de acordo com Taíse, o mosquito Culex coloca seus ovos diretamente na água. Já no caso do Aedes, os ovos não são depositados na água, mas sim nas paredes úmidas dos depósitos. “Quando a água subir o nível é que vai atingir os ovos, e a partir disso o Aedes vai se desenvolver. O ovo pode ficar até 450 dias, ou seja, um ano e meio, esperando essa água chegar até onde o ovo está. Já outras classes do mosquito depositam, durante o vôo, seus ovos diretamente na água, como é o caso do Culex”.

A coordenadora ainda destaca que a comunidade também precisa colaborar com os agentes, pois é preciso conservar os espaços públicos. “Se colocamos uma tampa e a comunidade retira, não há colaboração. Sabemos que todos podem entrar em espaços públicos, mas precisamos que haja a colaboração de todos para que isso não ocorra mais uma vez. O perigo só acontece se retirarem a tampa, enquanto tiver fechada, não haverá mais problema”, finalizou Taíse.